No último dia 23, 6ª feira, Kléber Eduardo do Nascimento, 30, dirigia uma van, no sentido Triângulo Mineiro/Belo Horizonte, quando, próximo a Luz/MG, perdeu o controle da direção, em uma curva acentuada. A van caiu em uma ribanceira de aproximadamente 100M. O passageiro Peter Pimentel Oliveira, 29, teve apenas ferimentos leves. Ambos estavam fazendo entrega de jornais da capital mineira como funcionários do pai da namorada de Kléber. Em contato com a mãe de Kléber, Marilza de Souza, 48, e com a namorada dele, Luciana Oliveira Costa, 27, elas concederam à reportagem GP mais uma matéria exclusiva. Não deixe de ler.
“Eu estava no serviço, quando, por volta de 11H50, me deu um peso repentino nas costas e nas pernas. Como sou diabética e hipertensa pensei que fosse isso. Falei para o meu outro filho que estava passando mal, mas continuei trabalhando. O acidente aconteceu às 12H23, mas só às 16H05 recebi a notícia, através do meu esposo... É muito difícil... Eu estava chegando em casa, quando vi aquele tanto de gente na porta da minha casa chorando, inclusive a Luciana, namorada dele. Vi aquilo e logo pensei: - É o Kléber!!! Meu filho morreu! Aí, perguntei ao meu marido se ele tinha morrido e ele me disse que a gente tinha que ser forte... Fiz a mesma pergunta, de novo, e ele disse que o Kléber tinha sofrido um acidente e morrido. Nesse momento, meu mundo desabou, acabou... Ele era um filho maravilhoso, muito carinhoso. Ele era tudo. Sempre me ajudou em casa, trabalha, desde pequeno. Está sendo muito difícil... Ele era tão unido com os irmãos dele. Era uma coisa maravilhosa! O sonho dele era ser motorista. Conseguiu tirar até a CNH E” (para dirigir carreta), desespera-se Marilza.
ABRAÇO LONGO - “O Kléber e o Peter estavam voltando da viagem, pararam para almoçar e, algum tempo depois, aconteceu à tragédia. Desta vez, eu não estava na van, mas sempre viajava com eles... Não sei exatamente o que aconteceu, mas foi uma fatalidade. No dia do acidente, eu estava sentindo umas dores muito fortes no estômago e o Kléber estava muito alegre. No dia anterior, ele se despediu de mim de um jeito diferente, me abraçando. por um longo tempo. Carinhoso ele sempre era, mas dessa vez foi diferente. Conheci o Kléber há 6 anos e ele realmente era uma pessoa excepcional. Gostaria até de ter conhecido ele, há mais tempo. Começamos a namorar, logo após nos conhecermos. Era um namoro muito tranquilo... ele era muito prestativo. Não tinha nada para reclamar dele. Durante todos esses anos, ele não foi apenas um namorado; ele foi um exemplo de vida. Tínhamos plano de noivar, casar, ter filhos, pois ele dizia que o sonho dele era ter uma menininha. Ele tinha muita afeição por todas as crianças, menina ou menino, mas dizia que queria uma menina e que seria o pai mais ciumento sobre a face da Terra... Aí, aconteceu essa tragédia”...