Virou crença no mundo inteiro que, no próximo dia 21 de dezembro, a Terra sofrerá um evento que extinguiria a vida sobre a sua face. Diante disso, a reportagem GP, para averiguar se trata de fato ou boato, conversou com o pediatra João Marcus Ferraz Santos que também é um estudioso de Astronomia. Confira com exclusividade a entrevista cedida à GAZETA, em seu consultório.
“A mídia está fazendo previsões de um calendário Maia sobre o fim do mundo, no próximo dia 21. Nós temos a dizer que, astronomicamente, não existe fundamento para tal previsão. O que houve na verdade é que os Maias, no passado, construíram um observatório chamado El Caracol e dali faziam as previsões de eclipses lunares, solares, o movimento dos planetas e principalmente de Vênus que era muito importante para eles. Eles tinham 3 calendários, sendo que o mais longo e mais importante vinha de ciclos. Ele vem a cada 5 mil anos e formava ciclos. Começou há cerca de 3.114 anos antes de Cristo e a cada 5 mil anos formava-se um novo ciclo. No 5º ciclo, o calendário terminaria e, com o fim do calendário, os sacerdotes Maias previam que haveria transformações na Terra.
Mas para a Ciência, para a Astronomia, não há nada de verdade nisso, pois a Terra continuará existindo. A verdade do Calendário Maia é que, realmente, estamos passando por momentos de turbulência e de grandes transformações no nosso planeta, mas que visam uma melhoria para o futuro. Seriam mais transformações do que destruições. Então, logo, para a Astronomia, a Terra não vai acabar. Nós temos ainda um tempo de vida na Terra em torno de 4 bilhões e 600 milhões de anos pela frente. A não ser que o homem, por si só, se destrua com guerras e demais coisas. Entretanto, pela natureza, pela evolução do planeta nós estamos em uma meia vida. Ou seja, temos ainda mais de 4 bilhões de anos pela frente que é o tempo de existência do nosso Sol”, tranquiliza o pediatra.