A edição GP de Natal do ano passado trouxe na 1ª página a matéria A Alegria Bateu de Frente com a Tristeza. Primeiramente, mostrava a alegria da população de Pará de Minas ao ver a cidade totalmente iluminada para o Natal, virando, inclusive, referência para outras cidades da região. E assim, a praça Mello Viana ganhou grandes sinos em suas palmeiras; as ruas Benedito Valadares e Rosário viraram corredores de bolas vermelhas; a casinha do Papai Noel arrasou em novo ponto, a praça Torquato de Almeida; teve também a sempre colorida iluminação na casa de cultura, a árvore em frente ao Terminal Rodoviário, que mudava de cor, e o Cristo Redentor abençoando a tudo e a todos com uma placa luminosa de Feliz Natal. Mas a matéria também citava a tristeza na cidade, diante de um temporal avassalador que pegou a população de surpresa. Entre os principais estragos estavam o estádio Ovídio de Abreu, a Santanense, uma cratera na avenida do P.A., a ponte na entrada do Castelo Branco que chegou a cair quase que inteira, entre muitos outros. Agora, um ano depois, a cena se repete, porém, somente na tristeza. Isso porque a cidade não recebeu a mínima decoração de Natal. Diante do triste fato, a reportagem GP saiu às ruas para realizar mais uma enquete exclusiva, quando questionou se a falta de decoração das ruas centrais poderá afetar as vendas de Natal. Confira as respostas. 1. “Na época de Natal o povo fica inspirado a fazer compras e a sair com as crianças para o Centro para ver a decoração natalina, mas neste ano não tem. O comércio, com certeza, diminui o movimento”. Fábio Souza, 38, comerciante, bairro Providência; 2. “A cidade iluminada provoca um entusiasmo na população... a falta dela deve prejudicar o comércio”. Marli Gonçalves, 40, esteticista, Limas do Pará; 3.“Normalmente quando a cidade está decorada há um grande movimento de pessoas e famílias que levam suas crianças para brincar e ver a decoração do Centro. Aí, fazem também as compras de Natal. Sem isso, acho que deverá prejudicar as vendas”. Juliana Pereira, 27, assistente administrativa, Padre Libério; 4. “Acredito que não tem nada a ver a falta de decoração natalina com uma possível queda no comércio”. Antônio da Fonseca, 72, pedreiro, Nossa Senhora das Graças; 5. “Para mim as pessoas não vão deixar de comprar neste Natal pela falta de decoração. Uma coisa não tem a ver com a outra”. Maria da Conceição, 57, faxineira, Padre Libério; 6. “Acho que não vai prejudicar o comércio. Quem tiver que comprar vai comprar, com ou sem decoração”. Geraldo Francisco Padilha, 63, frentista, Torneiros; 7. “Não vai diminuir o movimento do comércio. Aliás, acredito que este ano vai ser até melhor”. Raimundo Alves dos Santos, 52, aposentado, Santos Dumont; 8.“Eu tenho a impressão que não vai diminuir, porque todo mundo faz compras no Natal, independentemente de haver ou não decoração. Márcio Antônio Mendes, 59, motorista, Nossa Senhora de Fátima; 9. “Eu acho que as pessoas que participam de festas de fim de ano. Independentemente de ter ou não ter uma decoração, eles vão comprar a mesma coisa, do mesmo jeito”. Roberto Quintiliano, 37, suinocultor, bairro Califórnia. MENOS ALEGRE – A reportagem GP, como sempre faz, também procurou o presidente eleito da Ascipam, Eduardo Leite. Veja o que ele disse. “Realmente a cidade está um pouco triste sem a tradicional iluminação de Natal, porque a iluminação traz toda uma alegria para as ruas da cidade. Mas, infelizmente, como não houve condições da prefeitura executar a iluminação este ano, o que pudemos fazer foi criar este concurso de decoração natalina (veja matéria na página 11,) bem como a casinha do Papai Noel que já está em funcionamento para todas as pessoas que queiram visitar, não só a casinha que temos aqui na sede da Ascipam, mas também a que temos no Sesi, das 20H às 22H. O Sesi estará aberto para qualquer pessoa que queira visitar e conhecer a casinha do Papai Noel de lá”. SEM DÍVIDAS – Procurado, veja o que disse o prefeito Zézé Porfírio. “Vários cortes de despesas foram feitos, inclusive nos enfeites de Natal, quando a prefeitura investiria em torno de R$150 mil, junto com a Ascipam, que é uma parceira. Este ano, porém, não fizemos a iluminação de Natal, devido ao compromisso de não passarmos nenhuma dívida para a nova administração”, explica o prefeito.