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O 4º, 6º, 13º e 17º mais votados não tomam posses - 28/12/2012

Logo após a divulgação dos resultados das eleições, quando 4 bem votados vereadores não foram eleitos, a população ficou se perguntando: Por que um candidato mais votado não é eleito e outro, com votação menor, é eleito? A resposta é uma só: as coligações partidárias. Ou seja, o partido ou a coligação que o candidato está vinculado não consegue obter o número mínimo de votos necessários para eleger um vereador, não alcançando o número mínimo previsto na legenda. Quando isso acontece, o candidato pode até ser o mais votado que ele não será eleito. Mas isso é justo? Há quem diga que sim, mas há também quem discorde. Para apurar o fato, a reportagem GP ouviu os 4 vereadores que não foram eleitos. Não deixe de ler. 1.262 VOTOS - “O Congresso Nacional tem que apreciar a reforma política, porque o que acontece hoje e todo mundo vê é que quem está sendo eleito, tanto municipais como estaduais e federais não são aquelas pessoas que a população realmente escolhe, que tiveram mais votos. Então, quando se fala que houve uma renovação na câmara pode se dizer que é uma renovação forçada. Então, é preciso ter essa reforma política para mudar isso, para fazer a vontade da população para que sejam eleitos quem realmente a população quer. Para nós que fomos mais votados e não fomos eleitos fica uma situação que não deixa só o candidato constragido, mas também a população que confia em quem votou. Esse sistema (de legenda) é muito pouco usado no mundo e tinha que ser mudado no Brasil. A reforma política se faz necessária, porque hoje já não se faz mais a vontade da população”, diz Vilson do Padre Libério, como é mais conhecido, o 4º vereador em votação. 1024 VOTOS - “Esse sistema de legenda partidária no nosso país é um dos sistemas mais errados que existem. Um candidato que teve mais de mil, como é o meu caso, e não ser eleito, é uma injustiça muito grande para com os eleitores, pois eles vão às urnas e votam no candidato que eles querem que os respresentem dentro da câmaral. Com esse sistema, o desejo do eleitor não é confirmado, pois você vê que teve candidato que teve menos de 300 votos e foi eleito. Esse processo vem prejudicando muitos candidatos. O Congresso Nacional e o Senado têm que fazer a reforma política visando à mudança desse sistema para que muitos candidatos e o povo brasileiro não seja mais prejudicado. A votação popular é um processo democrático e os nossos eleitores têm que ter o direito do seu voto ser confirmado. No caso da legenda, a vontade dos eleitores não está sendo respeitada”, afirma Edilberto Dias Alexandre, mais conhecido como Vaca do JK, o 6º vereador em votação. 740 VOTOS - “Legenda é um sistema político adotado no Brasil para o sistema parlamentar e nós, políticos, já o conhecemos e não podemos reclamar, apesar de que, particularmente, considero que ele não representa o desejo do povo. Porém, é um sistema político que deve de ser respeitado e todos sabemos que já é adotado aqui, há muitos anos. Então, não posso reclamar, mas se fosse para eu votar hoje num sistema que eu achasse mais justo, escolheria o sistema corrido. Ou seja, quem tem mais voto, ganha. Além do mais, nesse sistema atual deveria de ser feita uma propaganda melhor em cima do eleitor, explicado melhor a ele como seria computado seu voto, que seu candidato poderia não ser eleito. Muitos eleitores não sabem disso e ficam surpreendidos, quando o candidato dele tem muitos votos e não é eleito. Isso faz o eleitor ficar chateado e o candidato também. Acredito que se a votação fosse válida por quem teve mais votos, a câmara estaria mais representada pelo povo. Hoje, a câmara está representada pelos partidos políticos e menos representada pela população e ela não votou em partido político. Mas não reclamo de nada, tenho a minha profissão de médico e me sinto feliz em ter sido contemplado por esses 2 mandatos, onde fui honesto comigo mesmo e com a cidade. Vários médicos já foram candidatos e não foram eleitos. Só peço que aqueles que se elegeram saibam representar Pará de Minas”, afirma o médico Ênio Talma, o 13º vereador em votação. 606 VOTOS - Ainda há o caso de Rodrigo de Torneiros, que foi o 17º melhor votado e também não foi eleito. Porém, a reportagem GP tentou vários contatos telefônicos sem sucesso. OS ELEITOS – No lugar dos 4 vereadores melhores votados, tomarão posse no dia 1º de janeiro, Rodrigo Varela (495 votos), Dé Pedreiro (491 votos), Antônio Vilaça (383 votos) e Dilé da Multissom(286 votos).

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