Há mais de 9 anos, Reinaldo Reis Lacerda, 31, que morava no bairro Padre Libeério, trabalhava no Depósito João de Barro. Ali, por fazer contatos diários com as mais diversas pessoas, tornou-se bastante conhecido na cidade, através do apelido Preto do Depósito João de Barro (veja homenagem abaixo). Porém, no último dia 29, sábado, quando ele e sua irmã, Taís Lacerda, 23, voltavam de uma viagem, o carro em que eles estavam bateu em uma árvore, tirando a sua vida. Dias após o seu triste sepultamento, ocorrido no cemitério local, no dia 30, a reportagem GP conversou com Taís, irmã da vítima. Fique por dentro.
“Estávamos apenas eu e meu irmão dentro do carro, voltando de Morada Nova/MG, quando, por volta de 14H, ele cochilou no volante. Quando eu percebi, já estávamos em cima de uma árvore. Eu tive apenas alguns machucados, mas o Reinaldo faleceu na hora... Não gosto de me lembrar do acidente... A gente não espera que uma coisa dessas vai acontecer, até que elas acontecem. O Reinaldo era uma pessoa muito gente boa, era amigo de toda hora, principalmente conosco, sua família, aqui dentro de casa. Ele era muito trabalhador... uma pessoa que todo mundo gostava. Inclusive, os amigos dele sempre vêm aqui nos dar um conforto, ajudar a gente a superar a falta dele... estou sentindo demais a ausência dele”, resume Taís.
QUEDA DO AVIÃO – Sobre o avião que caiu na cidade, noticiado na edição anterior, Reinaldo e Thaís, ajudaram no resgate. Veja o que ela disse.
“Realmente, ajudamos esses dois rapazes. Estava em casa e meu pai falou sobre o acidente. Aí, o Reinaldo me chamou pra gente ir até o local. Ao chegarmos lá, já havia outras pessoas, mas ninguém chegava perto. Fiquei muito nervosa e assustada, mas decidi ajudar o meu irmão. Juntos, nós retiramos o Armando da aeronave, ainda com vida (ele morreu depois, em BH). Só que começaram umas explosões e nós tivemos que sair rápido do local... Fiquei revoltada por não ter conseguido tirar o Diogo (morreu carbonizado). Mesmo assim, considero meu irmão um herói”.