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Depoimentos sobre o pavoroso estupro - 07/02/2013

No início da tarde do último dia 31, 5ª feira, na rua Perdigão, bairro Novo Horizonte, a Polícia Militar fez a apreensão de um adolescente de 16 anos que havia agredido, roubado e estuprado uma mulher de 30, quando ela deslocava para seu trabalho, na Horizonte Têxtil. O menor agressor reside no bairro São Pedro e abordou a vítima por volta de 5H20 na rua Primavera, divisa entre os bairros União e Califórnia. Armado com uma faca, ele a levou para um lote vago, onde a agrediu, obrigando-a a manter relações sexuais com ele. Em determinado momento, a vítima conseguiu desarmá-lo, mas o adolescente a agrediu ainda mais, dando, inclusive, golpe com uma pedra em sua cabeça. Depois de ter feito o que queria, ele fugiu do local levando o celular dela. Após buscas feitas pelas viaturas durante toda a manhã com apoio do Serviço de Inteligência, o adolescente foi localizado no bairro Novo Horizonte, escondido na casa de uma tia. Com ele os militares encontraram o celular da vítima e a faca usada no crime. O adolescente foi conduzido à Delegacia de Polícia, juntamente com o material apreendido, na presença de seu genitor. MAIS MULHERES - Desde junho do ano passado, o adolescente foi apreendido cerca de 7 vezes pela Polícia Militar, tendo cometido ao todo 12 atos infracionais. No dia 18 de janeiro deste ano, ele foi apreendido pela PM, depois de ter agredido e roubado duas mulheres, no bairro São Cristóvão. Na último dia 29, 3ª feira, a PM o apreendeu novamente, após ter cometido furtos em uma casa e em um bar. DEPOIMENTOS – Após a prisão do menor, a praça Afonso Pena, na entrada do Fórum Pedro Nestor e da delegacia foram tomadas por populares em protesto. “Ela ficou em um estado bem grave. O que nos resta é pedir justiça, pois é o que não tem tido neste país,” diz uma funcionária da fábrica que preferiu não ser identificada. Veja agora o que disse outra funcionária que viveu algo parecido ao ocorrido. “Eu estava indo trabalhar e esse mesmo moço estava em um canto escondido. De repente, saiu do matagal, apontando uma faca para a minha barriga e falou para eu passar tudo o que eu tinha. Despejei no chão tudo que estava na bolsa, explicando que não tinha nada. Ao ver que eu não tinha nada mesmo, ele disse Te dou 2 minutos para você correr ou eu te pego. Corri para a fábrica e não sei como consegui trabalhar naquele dia”, lembra a funcionária que também pediu para não se identificada. Um rapaz também deu o seu indignado depoimento. “Sinto uma revolta enorme. Hoje, essa moça ia para o seu ganha pão e não conseguiu concluí-lo, por causa de uma fatalidade dessas. Infelizmente, só se toma uma atitude depois que acontece uma desgraça, como aquela de Santa Maria/RS, onde foi preciso morrer mais de 230 jovens para eles tomarem uma atitude. O que vai precisar acontecer para que esse cara seja preso? Pegar uma filha de juíza, uma irmã ou uma filha de prefeito? Queremos justiça! Que a lei mude e que esse criminoso, apesar de menor, possa pagar pelos seus crimes”, esbraveja o jovem que também solicitou pela não identificação. ACAUTELAMENTO - A reportagem GP também conversou com o comandante da PM local, major Joel Rocha. Fique por dentro. “De julho do ano passado até a presente data, o meliante cometeu 12 delitos, sendo solto todas as vezes, devido à legislação penal brasileira. Ele é reincidente nessa prática de atacar mulheres que estão andando pelas ruas. Os demais delitos dele são roubos, arrombamentos e furtos. A situação é essa e nessa ação de agora ele bateu muito na vítima, o que causou uma comoção, tanto no pessoal que mora no bairro dela, quanto nos colegas de trabalho. Temos agora, como real situação, uma manifestação pacífica em frente ao fórum e a delegacia. A polícia vem realizando o seu trabalho, tanto que já fez a apreensão desse menor 7 vezes. Vamos agora torcer para que a juíza da Infância e da Juventude, Simone Pedroso, junto com o Ministério Público e a delegacia, consigam fazer um desfecho favorável para essa situação, fazendo o acautelamento do menor” deseja o major. * O menor estuprador foi encaminhado para um Centro de Internação Provisória, onde está acautelado provisoriamente pelo prazo de 45 dias. Nesse período, a justiça ouvirá o autor, a vitima e testemunhas. Comprovado na justiça o estupro, o menor seja condenado e poderá ficar internado por até 3 anos apenas. O nome da cidade foi revelado à reportagem GP pela justiça, desde que não fosse divulgado para não criar confusão naquele local.

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