O carnaval de 2013 do casal Vicente Dias, 38, e Mrytes Gonçalves Alcântara, 43, e suas filhas Isabel, 18, e Ruth, 9, ficará marcado para sempre na história da família, quando uma serpente (no calendário chinês, 2013 é o ano dela) finalizou a Festa do Momo para eles. Com exclusividade, Mrytes Gonçalves concedeu esta entrevista para a reportagem GP. Veja como tudo aconteceu.
“No domingo de carnaval, fomos para Pequi/MG, para a casa da minha mãe. Na 2ª feira cedo, toda a minha família foi para o sítio de meu irmão. Ao chegarmos lá, paramos a nossa Parati debaixo de uma árvore, deixamos os vidros abertos e descemos. Ficamos lá o dia todo e à noite retornamos para Pará de Minas. Ao chegar aqui, tiramos todas as malas do porta malas e do banco traseiro”, lembra Mrytes.
PRENÚNCIO? – Além de mim, meu marido e nossas duas filhas, dentro do carro também estava a minha cachorrinha que, geralmente, pula, brinca, chega a carinha na janela. Mas, dessa vez, ela ficou, o todo tempo, quietinha, mas a gente não desconfiou de nada. Ao chegar em casa, notamos que seu fucinho estava grande, inchado. Aí, comentei que a cachorrinha devia ter sido picada por uma cobra, mas nunca poderia imaginar que essa cobra estaria dentro do nosso carro. Tratamos da cachorrinha com soro fisiológico e nada de ruim aconteceu. No outro dia, 3ª feira, e também na 4ª, andamos com o carro diversas vezes, pois toda hora saíamos nele. Meu marido foi trabalhar no carro. Na 4ª feira, por volta das 17H, meu marido foi arrumar uma antena no telhado. Depois, ele desceu para pegar um martelo no carro. Quando ele enfiou a mão debaixo do banco do motorista para pegar o martelo, ele estranhou o que havia pegado e falou assustado: “Ôpa, isso não é martelo, não”! Nessa hora, a cobra levantou a cabeça e ele viu que era uma cascavel de 60CM. Aí, ele disse: “Não acredito! Tem uma cascavel dentro do meu carro”! Ele não gritou nem entrou em pânico, mas ficou sem reação, sem acreditar no que via: uma cobra toda enrolada”.
RESGATE – “Apavorada, liguei para o 190. De lá, mandaram eu ligar para a Polícia Florestal que não atendeu. Aí, voltei a ligar para o 190. Dessa vez, mandaram eu ligar para o Corpo de Bombeiros. Na hora, fiquei tão desorientada que comecei a passar mal, suando frio... nem me lembrei que aqui tem Corpo de Bombeiros. Fiquei desse jeito, nem foi de saber que a cobra estava ali, mas de saber que convivemos com ela 2 dias dentro do carro, para lá e para cá, e ela não ter picado a gente. Para mim, foi um milagre, uma benção divina. Mas a pergunta que fica foi como a cobra entrou no carro; não acho uma explicação... Meu marido é muito católico e tem muita fé. Então, ele acredita que foi uma benção de Deus em fazer ele ir até o carro e achar a cobra, porque, senão, esse bicho, com certeza, iria picar algum de nós, a qualquer momento. Estou sem dormir e, quando durmo, só sonho com cobras subindo na cama. Qualquer coisa que mexe debaixo da cama me assusta”...
ALERTA – “Esse episódio foi uma coisa muito ruim que aconteceu com a gente, mas também é um alerta para todos. Afinal, quantas vezes as pessoas vão para passeios na roça ou outros lugares e deixam seus carros abertos. Nunca imaginei que uma coisa dessa poderia acontecer com a minha família. De agora em diante, um pedaço de madeira sempre vai ter de cutucar o carro todo, antes da gente entrar nele”.