Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 41
Nº 2046
14/11/2024


Notícias
Notícias

Cadeirantes questionam a lei - 01/03/2013

No corrido dia a dia, enfrentamos dificuldades de locomoção, o tempo todo, por causa do grande movimento das vias urbanas, dos empecilhos nas calçadas, etc.. Porém, acabamos nos virando, mas como se locomovem em Pará de Minas os deficientes físicos? Diante dessa questão, a inquieta reportagem GP manteve contato com alguns cadeirantes, apesar de que apenas 2 entenderam a importância social desta matéria e demonstraram disposição de se exporem para falar com exclusividade sobre as dificuldades que eles enfrentam pelas ruas da cidade. Fique por dentro. TOBOGÃ - “As ruas, rampas, passeios e vagas de estacionamento ainda são as maiores dificuldades enfrentadas pelos deficientes na cidade. As rampas precisam ser melhoradas. Na administração anterior, elas foram feitas, mas não foram projetadas adequadamente. Um exemplo disso é a rampa próxima ao semáforo, ali na Ponte Grande. Aquilo parece mais um tobogã. O cadeirante corre o risco de cair em uma rampa dessas, sofrendo um acidente que pode até dar processo contra a prefeitura. Outra das muitas dificuldades que enfrento são as vagas de estacionamento. No Centro, segundo as leis, deveriam ter 22 vagas, mas o número não passa de 12. Entretanto, vários aspectos melhoraram: algumas lojas estão se adaptando para ter a acessibilidade certa; espero que, a cada dia, Pará de Minas melhore o acesso em favor do deficiente físico, inclusive empregando-o. Dificilmente, você vê algum deficiente físico trabalhando no comércio. Em minha opinião, ainda há um certo preconceito; em relação ao transporte público, os ônibus bem equipados da Turi foram uma das maiores conquistas dos cadeirantes em Pará de Minas. Acredito que hoje 99% da frota já está equipada com elevador”. Francis Lopes de Faria, 47, deficiente físico desde os 3 meses de idade, causada por paralisia infantil, proprietário da lanchonete no velório municipal e vice-presidente do conselho da Adef - Associação de Pessoas com Deficiência. ATÉ NO FÓRUM - “A acessibilidade na cidade deixa muito a desejar como as lojas que ainda não possuem rampas de acesso; os passeios estão muito estragados. Ali na praça Mello Viana, esquina com rua Tiradentes, um cadeirante não passa, pois é um espaço muito apertado, de apenas 50CM entre a rua e o poste. Logo, acabamos correndo riscos, ao passar para uma rua movimentada como aquela. Isso é horrível; na rua Benedito Valadares existem apenas 3 estacionamentos para deficientes; no estacionamento do hospital e na frente dele não há uma vaga sequer para deficiente e isso faz muita falta; em frente ao Credirural, por exemplo, tem uma rampa impossível de subir. Elas foram feitas sem projeção de altura e largura. Simplesmente colocaram para dizer que colocaram; o fórum (que deveria dar o exemplo) tem uma escada, mas não tem rampas. Parece que ninguém se preocupa em mudar essa situação; nos lugares com estacionamentos privados, as pessoas estacionam nas vagas de deficientes, como se não fossemos ninguém. Enfim, não nos respeitam; em geral, os passeios são muitos estreitos; as bicicletas param no lugar errado; existem sacos de lixo nas ruas. Isso deveria ser fiscalizado. Afinal, fazem projetos para tudo para tanta coisa na cidade... por que, então, não realizar um projeto correto para nós? Também somos cidadãos que cumprimos com nossas obrigações, que pagamos impostos e merecemos ter também um bom acesso. O governo já se preocupa com a nossa locomoção, mas falta à cidade, ainda, facilitar nosso acesso.” Rosângela Barbosa Melgaço, 50, deficiente física desde um ano e 6 meses de idade, quando sofreu paralisia infantil.

Mais da Gazeta

Colunistas