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Nº 2043
28/10/2024


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200ª Mostra GP: mandalas com aplicações - 17/07/2009

A educadora social, Leni Nunes Lopes (foto), que já trabalhou com próteses ortodônticas, sempre gostou de artesanatos. Filha do saudoso escritor pará-minense Antônio Almada, com Lenir Lopes, essa irmã da musicista Nicéia, sempre fez artesanato para ela mesma. Ao ser convidada para trabalhar na Assistência Social e ensinar o seu oficio, ela se apaixonou pelas artes. Leni, que está expondo seu trabalho pela 1a vez na Mostra GP, conversou com a reportagem GP e contou mais sobre o seu trabalho. HERIDITARIEDADE – “Sempre gostei de fazer artesanato, é hereditário. Minha mãe borda e pinta muito bem. Eu também sempre bordei, depois passei para a pintura. Quando entrei para o programa e começou a dar certo, me apaixonei ainda mais pelo artesanato e, por dar as aulas, agora estou me formando em pedagogia, para continuar a ensinar”. EDUCADORA – “Hoje, sou educadora social de artes, nos programas da Ação Social, com artesanato, em 4 núcleos do Pet - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, nos bairros Serra Verde, Alto Belvedere, no projeto Curumim - Caic, no bairro Santa Ewdirges - Restaurante da Criança, no bairro João Paulo, e no JK – Cras. Ensino o artesanato para 187 crianças e adolescente, com idades entre 7 a 15 anos. Nos projetos, nossos quadros e mandalas são produzidos, com material reciclado. Aplicamos pinturas, jornal e revista. O que pode se aproveitar a gente aproveita. Aplicamos fuxico e sementes. Além dos quadros, faço um trabalho de cartões, o quiling, que é a arte de enrolar papéis. Há 3 anos estou dando aulas e até já tentei sair, para fazer outra coisa, mas não aguentei e acabei voltando”. TÉCNICA – “Minha inspiração é o momento. Quanto mais você mexe em um trabalho, mais a sua criatividade vai aumentando. E como nossos materiais, nos projetos, são escassos, acabamos fazendo com o que temos que é o básico, para se trabalhar. As outras matérias a gente corre atrás, para conseguir. Eu não tenho uma técnica própria, eu olho alguma coisa e adapto ao que a gente tem de material. Nada é certo, é tudo de momento. Os quadros são trabalhosos, mas não é difícil e nem se demora tanto para fazer. Mas como eu faço no projeto, os alunos sempre querem mexer, e tudo tem as mãozinhas deles”, ressalta Leni. * Conheça o trabalho de Leni Nunes Lopes, na nova Mostra GP, na recepção da GAZETA, em horário comercial.

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