Há mais de 4 meses, mais precisamente em sua edição de nº 1422, veiculada em 5 de outubro de 2012, esta GAZETA abriu manchete na 1ª página para uma matéria publicada na página 12, questionando: A Itambé Foi Mesmo Vendida? Porém, a Assessoria de Imprensa da CCPR – Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais, informou que, naquele momento, a Itambé não tinha ainda vendido 50% de nada. Não negou, porém, que buscava constituir uma nova empresa mais competitiva que até poderia ter outra empresa como sócia, mas nada ainda estaria definido. Agora, esta GAZETA foi informada oficialmente sobre venda dos 50% da Itambé. A compradora é a Vigor Alimentos, empresa de laticínios controlada pelo grupo J&F (que também controla o JBF Frigoríficos) e que fechou acordo, no último dia 21, 5ª feira, para comprar 50% da Itambé, por R$ 420 milhões. Após o aporte dos recursos, a Vigor e a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) serão sócias da companhia.
“O aporte será realizado pela Vigor na empresa mineira e será utilizado para fortalecer a estrutura de capital e contribuir para o crescimento de uma das mais tradicionais companhias de lácteos do Brasil. O investimento, quando concluído, irá acelerar a execução do plano estratégico da Vigor, incluindo a expansão para importantes mercados como os de Minas Gerais e Rio de Janeiro, regiões bastante complementares às principais áreas de atuação da Vigor", diz o comunicado da companhia
PARÁ DE MINAS – A cidade será beneficiada com essa união. Afinal, dos R$ 420 milhões, cerca de R$ 200 milhões serão investidos na ampliação das indústrias que a Itambé tem em Pará de Minas e Ganhães/MG que fica no Vale do Rio Doce. Os investimentos estão previstos para os próximos 3 anos. O presidente da Itambé, Jaques Gontijo, disse que o tempo agora é de crescer e garante que os produtores cooperados continuarão sendo respeitados e beneficiados. O negócio entre as duas empresas agora depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Dentro de 2 meses serão indicados os 6 conselheiros administrativos, 3 de cada lado. Eles serão responsáveis pela contratação de um profissional no mercado para ser o executivo que terá carta branca para compor a diretoria.