Depois de amanhã, domingo, dia 7, é comemorado o Dia Mundial da Saúde, criado em 1948, pela OMS - Organização Mundial de Saúde. Aproveitando a passagem da importante data, a reportagem GP conversou com o secretário de saúde Cléber Faria que fez, uma análise do sistema de saúde da cidade. Fique por dentro.
“Realmente, trata-se de uma data boa para fazermos uma análise, motivando e estimulando a população a também fazer essa reflexão. O sistema de saúde auxilia, ajuda e, muitas vezes, resolve os problemas de saúde das pessoas, mas é necessário que a própria pessoa tome os cuidados e precauções necessárias, cuidando de si própria. Estamos pensando em fazer um apanhado neste sentido para motivar as pessoas para o auto-cuidado e para a prevenção, procurando incentivar hábitos mais saudáveis no cotidiano. Hoje, temos uma oferta de serviços em alguns setores que atende a demanda. Mas em outros setores a oferta ainda precisa melhorar. Mas o principal é que já verificamos o que é preciso fazer para que a estrutura da secretaria de saúde possa funcionar em rede, pois todos os setores possuem vínculos uns com os outros. Entretanto, percebemos que existia uma distância muito grande entre alguns setores, criando ilhas dentro da secretaria que, isoladas, não acompanhavam toda a rede, dificultando um atendimento mais eficiente. Esperamos colocar nosso planejamento em ação para proporcionar um serviço de maior qualidade para a população”, vislumbra Clebinho, como é mais conhecido.
AMEAÇA DE EPIDEMIA?
A reportagem GP também questionou o secretário de saúde sobre os números da dengue na cidade. Afinal, muito tem se falado na grande propagação dessa doença como já aconteceu, tempos atrás. Veja o que ele disse.
“Em relação a dengue, até a presente data (30 de março), segundo um levantamento feito juntamente com o Estado, temos 32 casos confirmados de dengue, neste ano. Já as suspeitas, que são casos ainda não confirmados, passam de 130. Precisamos continuar com o trabalho preventivo. Algo que nos assusta é que os principais focos de dengue encontrados estão nas residências. Os mutirões de combate à dengue tem incentivado as pessoas, criando uma ação de colaboração da prefeitura com a população. Temos que ficar atentos, pois Pará de Minas está cercada de cidades que já estão em estado de epidemia. Então precisamos nos cercar e fazer nossa parte”.
Enquete GP
A reportagem GP foi às ruas perguntar a 6 transeuntes como eles estão vendo a saúde na cidade e se teríamos algo à comemorar. Veja as respostas.
1. “O sistema de saúde da cidade é muito fraco. Descobri meus problemas de saúde em Belo Horizonte. Se eu tivesse ficado aqui, teria morrido. A minha sorte é que meu cunhado me tirou daqui. Tenho um problema nas plaquetas e faz mais de um ano que faço tratamento na capital, pois Pará de Minas não possui um tratamento adequado para o meu problema”. Leandro Lemos, 23, agricultor, bairro Nossa Senhora de Fátima; 2. “A saúde daqui está péssima! Não tem atendimento, não tem nada, todo mundo fica na fila esperando. Não há nada o que comemorar em Pará de Minas, no dia da saúde”. Rafaela Leite, 16, estudante, Recanto; 3. “O atendimento no sistema de saúde varia de acordo com a sorte de cada um. No meu caso, eu já tive sorte, já fui bem atendido no hospital e no PA, mas tem gente que não tem essa sorte”. José Antônio Teixeira, 48, auxiliar de produção, Santos Dumont; 4. “O sistema de saúde precisa melhorar e eu acho que o pessoal está fazendo o que pode. Quando mais melhorar, melhor para a população”. Jorge Gomes, 70, lavrador, Providência; 5. “As pessoas chegam procurando auxílio e não são bem atendidas, não há investimentos na saúde pública. Parece que investem em tudo e se esquecem da saúde. Uma cidade com quase 90 mil habitantes, além de atender a toda a região, possuir um hospital só? Precisamos de mais investimento na saúde, Acho até que o hospital está aguentando por tempo demais”. Leonardo Gonçalves, 38, autônomo, São Francisco; 6. “Acredito que tem de melhorar muito. O estacionamento do hospital por exemplo, é muito pequeno, não tem onde estacionar ali. Às vezes, você está com alguém que necessita de urgência e tem que esperar vaga para estacionar. Às vezes, as pessoas ficam no corredor esperando para para ser atendidas. Deviam capacitar melhor os profissionais, contratar mais médicos, organizar tudo; encaminhar os casos que podem ser tratados nos postos de saúde e deixar ali somente os casos de urgência e de internação”. Éverton Fonseca, 31, autônomo, Recanto da Lagoa.