Um bom jeito de começar a conhecer a capital do Ceará é ir para a avenida Beira-Mar, no coração da cidade. No entardecer, ela lota de gente passeando pelos calçadões e agitando os bares. No começo dos anos 80, esses estabelecimentos eram humildes barraquinhas de praia que tinham vigas de carnaúba, tetos de vela de jangada e geladeiras de isopor. Hoje, viraram megabares com cerveja tinindo de gelada e cardápios generosos, verdadeiras usinas de diversão. As mais famosas e estruturadas estão na Praia do Futuro, a preferida dos nativos. Em Mucuripe, a despeito do progresso, canoas e jangadas espalham-se pela areia e as velas se destacam contra o sol. Em Meireles, a mais procurada para caminhadas, ergue-se uma estátua do escritor José de Alencar, cearense ilustre. A Praia de Iracema, cujo nome homenageia a virgem dos lábios de mel criada pelo escritor José de Alencar tem ondas fortes que quebram nos recifes. Ali, fica a Ponte dos Ingleses ou Ponte Metálica, na qual o visitante se vê suspenso em alto mar. Bem perto está o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, um arrojado complexo de entretenimento que reúne cinemas, teatro, salas para exposições, bares e até um planetário. Ao redor dessa enorme estrutura, espalham-se danceterias e cafés, muitos instalados no casario colonial do bairro, tombado pelo Patrimônio Histórico e que ainda mantém os padrões arquitetônicos do Século IXX. Outro marco primordial da capital é o Forte de Schoonenborch ou Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Construído por holandeses em meados do século XVII, às margens do rio Pajeu, foi ele que acabou dando origem à cidade. Essa convivência do velho e do novo é um dos maiores charmes da capital. Isso, sem falar do Beach Park que é belíssimo! Certamente, uma ótima pedida para as suas férias de julho.