A reportagem GP conversou com o tatuador Valter Aparecido Guedes, 30, que há anos vem atuando em Pará de Minas no crescente mercado das tatuagens. Fique por dentro do que ele falou.
“Desde criança, sempre fui apaixonado por desenho. Tive meu 1º contato com o tatoo aos 17 anos, quando comecei a tatuar meus amigos em casa por hobby, usando material caseiro. Com o tempo, fui me profissionalizando e hoje já são 10 anos de carreira, mas profissionalmente são 6. No início, não foi fácil, porque antigamente existia um preconceito muito grande em torno das pessoas que tinham tatuagem. Hoje o preconceito na cidade ainda existe muito, mas tem diminuído, porque as pessoas estão vendo esse trabalho como arte. Se bem que alguns ainda têm preconceito, mas isso a gente releva”, comenta sorrindo Valtinho como é mais conhecido.
LINHA VERMELHA – “Nunca me imaginei vivendo só dessa profissão, mas hoje a minha empresa (Red Line) já ganhou 2 prêmios importantes que é o New School e o Melhor Fechamento de Costas, quando ficamos em 2º lugar nos 2. O nome da empresa quer dizer Linha Vermelha, pois, certa vez, meu filho estava no hospital e vi no eletrocardiograma dele uma linha vermelha. Então, o nome veio, depois, inspirado naquela noite em que eu tive de passar com ele no hospital”
A reportagem GP ouviu também 6 transeuntes a respeito desse tema, quando foi perguntado o que eles sentem, quando veem uma pessoa com muitas tatuagens? Veja as repostas.
1. “Acho bonito e interessante nos outros, porém não teria coragem de fazer. Afinal, sempre tem preconceito, mas varia muito, de acordo com as tatuagens”. Meire de Araújo, 30, Pequi/MG; 2. “Eu gosto, acho muito estiloso e tenho vontade de fazer, mas acho que a sociedade tem preconceito, principalmente na hora de conseguir um emprego”. Paula Cristina, 21, Vila Maria; 3. “Cada um tem seu gosto, não importo com isso, mas existe muito preconceito ainda. Eu não tenho nada contra, mas não faria também”. Anderson Silva, 19, São José da Varginha/MG; 4. “Eu acho legal, dependendo do lugar e da tatuagem, nunca tive preconceito. Certas tatuagens podem gerar preconceito, mas nunca vi ninguém sofrer preconceito”. Viviane Aparecida, 29, Recanto; 5. “Para mim, o tatuado é um ser humano sem diferença de nenhum outro. Hoje existe bem menos preconceito. Só as pessoas mais velhas podem ter algum tipo de preconceito ainda. A gente vê tatuadas por todo lado, até em novelas, filmes, programas de tv.”. José Carlos, 51, Papagaios/MG; 6. “Não sou contra nem a favor. Acho que existe preconceito sim e eu não faria em mim. Mas meu filho, por exemplo, quer fazer e nele eu aceito”. Racine Feliciano, 48, Tavares/MG;