Na edição GP de nº 1451, a GAZETA relatou sobre o triste caso da professora Regiane Pereira que faleceu prematuramente no dia 14 de abril. Na ocasião, a reportagem GP conversou com a irmã de Regiane, Luana, que aguardava o resultado dos exames para definir se tinha sido dengue ou não o motivo da doença. Agora, a chefe do setor de epidemiologia, enfermeira Maria de Lourdes Liguori, esclareceu tudo sobre a causa dessa morte. Fique por dentro.
“O motivo do óbito, que suspeitávamos ser dengue hemorrágica, teve resultado negativo. A causa da morte, de acordo com o Atestado de Óbito, foi o problema cardíaco crônico que ela tinha com estenose em várias válvulas do coração. Ela tinha que ter sempre cuidados extremos, pois qualquer infecção que ela viesse a ter, poderia ser um risco, levando-a a falecer. Porém, segundo seus familiares, ela era uma paciente muito bem acompanhada”, diz Maria de Lourdes.
GUERRA PERDIDA
A reportagem GP aproveitou o momento para questionar também sobre a grande quantidade de dengue, na cidade. Veja o que ela disse.
“Atualmente, estamos tendo um número bem pequeno de casos de dengue, em comparação aos meses de março e de abril. Isso mostra que o surto diminuiu (com a chegada do início do frio), mas não significa que temos que ficar despreocupados, pois, esse ano teve um número realmente alto de notificações de pessoas com dengue. Infelizmente, este ano, podemos falar que a guerra de Pará de Minas contra a dengue foi praticamente perdida”.
SURTO COM 850 CASOS
“Temos que cuidar da prevenção para os próximos meses e também para o próximo ano. Com o período de frio, quando não acontece uma grande transmissão do vírus, a tendência é termos casos esporádicos, mas devemos estar em alerta, tanto na prevenção, quanto na assistência. Como tivemos um surto em Pará de Minas, não trabalhamos com os casos confirmados em laboratório, mas sim com os notificados. Portanto, já temos, até o momento, 850 casos notificados”, revela Maria de Lourdes.