Através do setor de telemarketing da GAZETA, a reportagem GP foi alertada de que estaria havendo muitas queixas dos clientes do jornal que trabalham diretamente com produtos ou serviços da progressista área da construção civil. Diante disso, um repórter do jornal esteve na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário para saber de seu presidente, Joaquim Luiz de Freitas, como realmente está a atual situação da construção civil em Pará de Minas. Fique por dentro.
“O governo, nos últimos anos, injetou muito dinheiro na construção civil. Com isso, as pessoas e as empresas construíram muito. Porém, o governo agora teve que dar uma freada, mas posso dizer que em Pará de Minas a construção civil está em um nível razoável. Porém, é verdade que já esteve melhor, nos anos anteriores a este, e essa queda está acontecendo por inúmeros fatores que independem de nós”, entrega Joaquim.
CARTEIRA - “Na verdade, todos os setores dependem um do outro. Ou seja, quando um determinado setor está bem, os lucros gerados por ele ajudam outros setores que estão mais frios. No caso da construção civil, posso dizer que já contribuímos com muitas outras áreas e que agora é a vez dessas outras áreas nos ajudar. Esperamos que em breve, com o auxilio do governo, novas empresas possam ser instaladas em Pará de Minas gerar mais empregos com carteira assinada. Acredito que o principal problema enfrentado hoje pelos trabalhadores é a falta da carteira de trabalho assinada. Em Pará de Minas, temos cerca de 1.200 trabalhadores na construção civil, mas cerca de 25 a 30% desse total está trabalhando sem carteira. Esse é um problema que têm nos preocupado muito e sempre estamos cobrando isso, mas é um negócio complicado, porque muitas vezes o próprio trabalhador não se preocupa com a carteira assinada. Isso tem nos preocupado muito, porque com a carteira assinada esse trabalhador poderá aposentar por tempo de serviço, além de garantir seus direitos, se acontecer demissões como agora. Isso, sem falar no caso de acidentes, que é uma outra questão preocupante. Às vezes, os acidentes acontecem por desleixo do encarregado, mas também é muito comum acontecer devido a falta dos cuidados necessários do próprio trabalhador. Mas esperamos que no 2° semestre haja uma recuperação do setor”.