Na última 2ª feira, dia 13, foi comemorado o Dia da Abolição da Escravatura, quando, para comemorar a data, foi realizado, na manhã do dia 11, sábado, um evento na praça Torquato de Almeida com exibição de danças e músicas da cultura afro descendente. A reportagem GP esteve no local, quando conversou com o presidente do Instituto Étnico MBari, Valmir José Diniz. Confira.
“O MBari é uma instituição fundada no dia 13 de maio de 1999, Dia da Abolição da Escravatura, e nasceu com o objetivo de combater o preconceito, a discriminação e racismo. Ao longo do tempo, fomos acrescentando outras atividades e agregando grupos que estavam ligados ao movimento negro. A instituição tem uma linha de pensamento que acrescenta um diferencial à essa data (13 de maio) que vemos como o Dia da Vitória do Pensamento Abolicionista; essa data, sim, tem uma importância simbólica”, esclarece Valmir.
NAS ESCOLAS - “A abolição foi um ato forçado, uma vez que atendia a interesses econômicos da classe de elite. Portanto, não tivemos a abolição da escravatura com uma dádiva do governo ou como ato de bondade. Diante disso, ao invés de comemorarmos a abolição, comemoramos a Vitória do Pensamento Abolicionista. Desde o 1º ano de atuação do MBari temos comemorado essas datas importantes e o dia 13 tem sido usado apenas como uma oportunidade de manifestarmos a ideologia de libertação do povo negro. Assim, temos buscado nos fortalecer pelo acesso à educação, porque temos a plataforma educacional como um fator de fortalecimento do movimento negro. Afinal, o espaço escolar é o melhor espaço para se trabalhar a consciência negra. A partir da escola, alcançamos todos os outros setores, através dos alunos, professores e gestores que levam os conhecimentos adquiridos sobre as ações do movimento negro ao público”.