O número de denúncias de casos relacionados ao abuso sexual infantil cresce, cada vez mais, no país. Esse crime, infelizmente, tem sido cometido, em muitas das vezes, por pessoas próximas às crianças como pais e familiares, além de desconhecidos. Diante disso, foi realizada uma passeata pelas ruas de Pará de Minas, organizada pela prefeitura, através de sua secretaria assistência e desenvolvimento social, na manhã de 6ª feira, 17, para mobilizar a população no engajamento no Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Contando com a participação de vários órgãos, entidades, alunos de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade, o movimento ganhou as principais ruas do Centro da cidade como o seguinte foco: Esquecer é Permitir; Lembrar é Combater.
“Estamos mobilizando as pessoas, fazendo barulho mesmo, para toda a população de Pará de Minas denunciar os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes para que eles nunca mais se repitam”, comemora Régis Spíndola, coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Creas.
COMO TUDO COMEÇOU - No dia 18 de maio de 1973, uma menina de Vitória/ES foi sequestrada, espancada, estuprada, drogada e assassinada. Seu corpo apareceu 6 dias depois, desfigurado por ácido. Seus agressores jamais foram punidos. O movimento em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, após uma forte mobilização, conquistou a aprovação da Lei Federal 9.970/2000 que instituiu o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
ENQUETE GP
Durante a passeata, a reportagem GP perguntou a 6 transeuntes, no Centro da cidade, o que eles acham que leva uma pessoa a cometer ato tão abominável. Confira as respostas.
1. “Uma pessoa que faz uma coisa dessas deve ter algum problema psíquico, mental”... Suelen Oliveira, 30, recepcionista, bairro São Luís; 2. “Um cidadão assim deve ter algum problema na cabeça para cometer uma brutalidade dessas”. Carlos de Moura, 20, auxiliar administrativo, N. Sra. de Fátima; 3. “Acho que é falta de cultura, falta de amor, mas principalmente falta de Deus em sua vida. Parece que a pessoa não pensa em seus atos”. Rosângela Aparecida, 35, professora, N. Sra. de Fátima; 4. “Quem comete um abuso desses contra uma criança, para mim é um monstro; não pode ser considerado um ser humano. Uma pessoa dessas deveria ser banida da sociedade”. Elison Geraldo da Fonseca, 52, operário têxtil, Esplanada; 5. “Uma pessoa que faz uma loucura dessas deve estar louca. É um monstro que não merece ficar no meio da sociedade”. Arlene Geraldo, 57, doméstica, Novo Horizonte; 6. “O país não é muito desenvolvido, falta educação e a lei deveria ser mudada. Um cara desses deveria ser preso e não sair da cadeia nunca mais”. Robson, 60, representante comercial, Santo Antônio.