O ciclista Carlos Henrique Ribeiro, de Santa Lúcia/SP, que já percorreu o país inteiro, esteve em Pará de Minas na última 6ª feira, dia 17, na escola de idiomas Wizard. A reportagem GP esteve com ele para saber melhor sobre sua vida nas estradas. Confira. “Posso dizer que a minha vida mudou muito, pois estou viajando, há 10 anos, pelo Brasil, passando por todos os Estados e mais de 2.500 municípios. Estou agora com um novo projeto de ir arrecadando bandeiras dos municípios e capitais brasileiras para realizar um sonho que é forrar o gramado do Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ”, sonha Carlos Henrique. CRÍTICAS E ELOGIOS – “Tudo começou lá em Jardim/MS, cidade onde eu morava, era pedreiro, analfabeto, tinha sonhos e objetivos a alcançar. Aí, montei em uma bicicleta e saí pelo Brasil afora. Nos 2 primeiros anos, foi difícil, pois passei por humilhações, críticas e obstáculos nas estradas, mas consegui superar tudo e chegar até aqui, em Pará de Minas. Estou sempre mudando de bicicleta, porque elas se desgastam. São muitas cidades que passo e gosto. Em cada cidade que chego sou muito bem recebido, mas existem diferenças de um Estado para outro. Em Minas, por exemplo, algumas rodovias estão ótimas, algumas estão melhorando, mas elas ainda não chegaram a 100%. Já visitei países da América do Sul como Paraguai, Uruguai, Bolívia, Argentina e Venezuela. No futuro, penso em sair em direção aos Estados Unidos”. CURIOSIDADES – “Já sofri 2 acidentes nas estradas, quando num deles fiquei 15 dias internado ao bater a cabeça na margem da rodovia. Ao ser liberado, continuei a minha viagem pelo país, passando 3 vezes do Oiapoque ao Chuí, o que dá 9.151 KM pelo litoral. No Estado do Amapá foi mais difícil por serem 600KM de estrada e 400KM de terra. Posso dizer que conheço boa parte de todas as rodovias brasileiras. Durante esses últimos 7 anos, tenho recebido patrocínio da Wizard, inclusive nesta cidade, quando ela está me dando estrutura e apoio”. CONSELHO –“Não aconselho ninguém a fazer o que faço. Só saí pedalando, por causa das dificuldades que eu estava passando e como tinha vários sonhos, mas não sabia como realizá-los, optei por esse trabalho de sair por aí andando de bicicleta. É algo difícil para quem não tem prática em rodovias. Já vi muitos acidentes, mortes e irresponsabilidades pelas estradas”.