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14/11/2024


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HOSPITAL X PREFEITURA Fim do bate-boca - 15/08/2013

Na edição anterior, matéria Mais Bate-Boca Entre a Prefeitura e Hospital, esta GAZETA divulgou a entrevista concedida pelo prefeito Antônio Julio, no dia 31 de julho, quando ele se mostrou indignado com repentina mudança de posicionamento da administração do hospital em não assinar o convênio proposto pela prefeitura de indicar um gestor para a Casa. Porém, na tarde do dia 5, 4ª feira, o hospital voltou atrás e assinou o convênio com a condição de receber os R$ 640 mil do convênio, divididos em 3 parcelas: uma de R$ 300 mil e duas de R$170 mil. E, assim, o hospital tem agora um novo gestor, Gustavo Macena, que já trabalhou no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte/MG. A reportagem GP esteve com ele que falou como pretende atuar em Pará de Minas. Não deixe de ler. “A nossa fonte de trabalho é devolver à sociedade aquilo que é dela; afinal, o hospital pertence à sociedade. Obviamente, 1º teremos um grande trabalho para arrumar a Casa, mas já foi feito um diagnóstico primário, levantando os principais pontos a serem reestruturados: a parte financeira, os financiamentos e as operações hospitalares. Então, a 1ª frente de trabalho é a reorganização das informações, principalmente no que se refere às informações financeiras. Esse é o pontapé inicial do nosso trabalho” garante Gustavo. CREDIBILIDADE - “Um grupo gestor, na figura do Francisco Figueiredo (também de BH), irá me ajudar nessa coordenação. Teremos uma pessoa que ficará por conta de fazer o levantamento de todos os processos e eu acompanhando e fazendo o trabalho, não só de reestruturação interna, mas também um trabalho de dentro pra fora, que são os outros elementos que compõem o hospital como a associação comercial e as indústrias. Queremos que todos os elementos da sociedade componham a administração do hospital. A perda de confiança da população no hospital é um mal que assolou todos os hospitais filantrópicos. Antigamente, as pessoas faziam uma arrecadação e o dinheiro ia para o hospital, pois a sociedade entendia que o hospital era parte dela, mas com o tempo isso se perdeu. O desafio, a médio prazo, é trazer essa sensação de volta para a população. Claro, a sociedade só terá essa percepção se nós conseguirmos melhorar os processos aqui dentro que refletem no atendimento, na agilidade do atendimento, na melhor prestação dos serviços e na melhor remuneração da equipe. Para tanto, teremos de ser operacionalmente eficientes. Enfim, eu acredito que estamos bem localizados e otimistas quanto ao apoio da comunidade para reerguer o hospital” NÃO É SÓ A PREFEITURA – “Gostaria de deixar claro que a minha entrada no hospital não foi uma imposição do prefeito. A prefeitura criou uma série de solicitações e a minha vinda para cá só ocorreu com a aprovação do conselho do hospital. Então, a relação é extremamente amigável e nós não temos vínculo com ninguém, senão com o HNSC. O plano de trabalho é todo voltado para o HNSC. O que temos, como órgão governamental, é uma série de trabalhos para prestação de contas à prefeitura, assim como teremos de fazer o mesmo para o Ministério Público e para qualquer pessoa que vier aqui e quiser saber informações. Hoje, o nosso serviço é de recuperação exclusiva do hospital e um hospital não sobrevive se ele não tiver este tripé: prefeitura, corpo clínico e Ministério Público. Se o hospital não conversar bem com esses 3 elementos, dificilmente você terá uma gestão eficaz. O nosso trabalho aqui é para manter esses 3 elementos em harmonia”. 20 MIL - Veja agora o que disse o provedor do hospital, Cornélio da Fonseca. “Esse gestor, na verdade, é um presente que a municipalidade está dando para o HNSC. No início, a gente não viu assim, porque o prefeito falou que não iria colocar dinheiro aonde ele não sabia para onde o dinheiro estaria indo. Muito embora eu discorde da afirmação dele, porque o prefeito tem um secretário de gestão que trabalhou no hospital por 5 anos; a própria filha dele (psicóloga Fabíola) também trabalha aqui, há 10 anos; e existem pessoas da confiança dele aqui dentro que passam todas as informações na hora que ele precisar. Então, respeito a opinião dele, mas falar que ele não conhece a situação do HNSC… Enfim, ele ganhou o tempo que foi necessário e agora tudo isso será muito bom para o hospital. O Gustavo também quer que o HNSC recupere a credibilidade; e esse é o meu sonho. Afinal, ele não está pisando em terreno que ele não conhece. Foi ele quem fez a auditoria para a prefeitura. Então, ele já sabe todos os problemas e as dificuldades daqui. Enfim, o convênio está assinado e a 1ª parcela (300 mil) será paga dentro de 30 dias. Depois, virão as duas parcelas de 170 mil, quando o hospital ficará com 150 mil + 150 mil e terá de repassar 20 mil + 20 mil para o novo gestor”, garante Cornélio. BOAS VINDAS - “Recebemos o novo gestor do HNSC com um café da manhã, dando a ele as boas vindas. Temos as melhores expectativas com relação ao serviço dele e ele nos pareceu uma pessoa muito gabaritada, conhecedora do trabalho e, com certeza, irá acrescentar muito para o hospital. Disse a ele que a nossa equipe é muito boa e que, talvez, haja falha nos processos de gestão. Não são as pessoas que são más, desonestas ou não profissionais… a questão é que, às vezes, os processos não funcionam. Esperamos que ele trabalhe para adequar os processos. Acredito que vamos conseguir fazer um grande trabalho”. * Na edição anterior o anúncio da Associação Médica não refletia a opinião do Hospital, como deu a entender. Pede-se desculpa.

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