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O que está por trás da falta de água? - 29/08/2013

Na tarde do dia 21, 4ª feira, a reportagem GP esteve na Copasa com o encarregado dessa estatal em Pará de Minas, José Gomes, para ele falar sobre a forte seca que vem diminuindo o nível do reservatório da cidade. “Estávamos com a previsão de seca para setembro e outubro, mas ela veio mais cedo e, como Pará de Minas tem vários bairros localizados em áreas muito altas, acima do nível de nosso reservatório, mas nós temos vários sistemas de bombeamento espalhados pela cidade. Para abastecer toda a população, nós precisamos tratar cerca de 240L por segundo, mas com essa baixa nós estamos produzindo mais ou menos 200L por segundo. Assim, temos uma diferença de vazão, quando não estamos conseguindo abastecer a parte alta, se não for feito um sistema de manobras”, explica José Gomes. COMO FUNCIONA? - “Esse sistema de manobra consiste em distribuir água na parte mais alta da cidade, em um dia, e no outro, distribuir água na parte baixa, porque se deixarmos o abastecimento normal algumas partes da cidade podem ficar sem água por 2 dias consecutivos. Iniciamos os cortes nos bairros onde o abastecimento é mais rápido, os bairros localizados na parte mais baixa da cidade que são o São José, a parte baixa do Castelo Branco, a Várzea, o São Luis e parte do São Francisco, mas essa manobra pode ser alterada dependendo do comportamento do nível do nosso reservatório, na parte da manhã”. E A SOLUÇÃO? – “A Copasa vem realizando estudos, desde 2003, com várias alternativas para encontrarmos uma nova fonte de produção para Pará de Minas (o rio Paraopeba, uma lagoa em Matinha, 3 lagoas nos Paivas, uma lagoa em Meireles e o Serra Azul, em Juatuba/MG). Além disso, furamos 16 poços artesianos em Pará de Minas, mas apenas 5 foram aproveitados. A Copasa não fica parada”... JOGADA? – “De nossa parte, não houve nenhuma intenção de dificultar nada para fazer pressão na assinatura do contrato de renovação com a prefeitura. O problema é que os nossos mananciais não comportam mais o crescimento da cidade. Depois da duplicação da BR-262, Pará de Minas cresceu muito e os 2 mananciais, Matinha e Paciência, não comportam mais. Esse é um problema que a Copasa - ou qualquer outra empresa que assumir a cidade - terá de enfrentar”.

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