A reportagem GP descobriu que a pará-minense, Marina Martins Assunção Valadares da Silva, filha do médico Gilberto Denoziro com Gislene Assunção, é também médica com atuação em um hospital de tratamento de portadores de câncer, em Barretos/SP. Para saber detalhes de sua promissora carreira, a reportagem GP entrou em contato com ela que, via e.mail, respondeu às perguntas do jornal. Fique por dentro.
“Sou graduada em medicina pela Universidade de Ribeirão Preto/SP e especializada em anestesiologia, pela Santa Casa, também de Ribeirão Preto e atualmente trabalho no Hospital do Câncer de Barretos - Fundação Pio XII, em Barretos/SP, onde resido. Trabalho exclusivamente nele, uma vez que a minha jornada se inicia às 7H e, geralmente, termina às 19H ou 20H, pois o campo de atuação do anestesiologista é extenso. Minha rotina inclui avaliações pré-anestésicas, anestesia para exames diagnósticos e/ou terapêuticos, além de anestesia para procedimentos cirúrgicos. No hospital, alguns pacientes também necessitam de realizar radioterapia sob sedação”, resume a jovem médica.
A FUNDAÇÃO - “É uma realização profissional poder trabalhar na Fundação Pio XII, uma vez que o hospital, referência para o tratamento de câncer, oferece uma estrutura excelente, espaço físico e instalações com equipamentos modernos. É também uma satisfação pessoal, uma vez que os ideais da instituição estão de acordo com os meus propósitos na medicina”.
O S.U.S. – “O Sistema Único de Saúde foi criado para atender um direito constitucional: a saúde como direito de todos e dever do Estado. Mas o Brasil é muito grande e um grande problema hoje é a desigualdade do acesso aos serviços de saúde. Existem grandes centros de referência em saúde no país, que são públicos, e prestam serviços de excelência. Porém, esses centros não são capazes de atender à demanda da população. Acho que seria importante descentralizar a assistência, equipando os municípios menores do interior do Brasil, melhorando as condições de trabalho na área da saúde. Não acho que faltam médicos. É que esses profissionais também estão concentrados nos grandes centros, por causa das melhores condições de trabalho. Algumas propostas para os problemas é que teriam que ser analisadas. Não adianta contratar médicos e comprar ambulâncias, se a estrutura não for adequada. Dessa forma, os pacientes continuarão sendo encaminhados para as regiōes de referência, que já estão saturadas, e os problemas não serão solucionados”.
O CÂNCER – “Talvez, a experiência de um único paciente, que tenha convivido com o diagnóstico de câncer, seja um relato mais significativo que a minha experiência como médica anestesiologista que já atendeu centenas de pacientes oncológicos. Estudo para poder oferecer o melhor ao paciente e trato os meus pacientes com o maior carinho e atenção. Da mesma forma que eu queria ser tratada, se eu estivesse do outro lado”.