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HISTÓRIA DE VIDA - 19/09/2013

Terezinha Varela nasceu em Pará de Minas, no dia 4 de julho de 1928, filha de Alvimar Varela e Luzia Pereira, e cresceu no meio de 6 irmãos. Casou-se com Alderico Franco, com quem teve 9 filhos, dos quais 2 já faleceram; tem 12 netos e 6 bisnetos. Dona Tereza, como é mais conhecida, contou para a reportagem GP um pequeno pedaço da sua história de vida. Confira. PAI BRAVO - “Tive uma infância bem aproveitada, pois era muito sapeca (riso). Adorava subir nas árvores frutíferas, ficar na casa de minha avó Sinhaninha e na, de padre Zeca. Lembro-me que no sítio do padre havia uma árvore de manga bem grande e eu subia lá para apanhar as mangas e fazer arte (riso). Corria atrás dos palhaços de circo, pegava carona nos carros de boi… Foi muito alegre a minha infância! Quando menina, estudei na Escola Governador Valadares; porém, quando completei 14 anos, parei de estudar e fui ajudar a meu pai, costurando panos, na fábrica de tecidos, onde ele trabalhava. Ele era bravo, nervoso, enquanto a minha mãe era calma. A gente até podia sair, mas às 21H tinha que estar em casa, porque o papai ficava bravo”, conta Dona Tereza. FILHOS BONS – “Trabalhei na fábrica por 5 anos até que conheci o meu marido, quando tinha 19. Tive 9 filhos e, graças a Deus, a maioria já se casou (riso). Nós mudamos muito de cidades, porque o Alderico era telégrafo dos Correios. Então, ele era transferido frequentemente e eu o acompanhava. Já morei em Sete Lagoas/MG, Itaúna/MG e Dores do Indaiá/MG. Depois, meu marido cismou de voltar para cá. Então, assim foi. Nunca tive problema com os meus filhos. Claro que eles eram levados, faziam arte, como qualquer outra criança, mas trabalho mesmo, eles nunca me deram”. VIDA MELHOR – “Está tudo muito diferente, hoje... Antes, não se ouvia falar de drogas, tão presente na vida das pessoas, agora. As famílias eram mais unidas, as crianças tinham uma infância mais calma, melhor”. FÉ – “Sou muito católica. Só não vou mais à igreja, por causa dos meus problemas de saúde, mas, todos os domingos, recebo a santa comunhão. Assisto pela televisão a missa de Aparecida do Norte e a novena do Divino Pai Eterno, todos os dias. Meus netos e bisnetos sempre estão me pedindo para rezar por eles o que faço com frequência”. NOTAS TRISTES – “Meu marido não gostava de fazer consulta em médico, nem nada. Ele era muito teimoso. Um dia, porém, ele começou a sentir fortes dores de cabeça e, quando foi ao médico à força, já era muito tarde... ele tinha tido um aneurisma. Foi muito de repente... nós já éramos casados há 61 anos... Um outro momento triste foi a morte da minha irmã Leda. Faz 8 anos que ela faleceu, mas quando ela se foi foi um grande choque para mim. Eu a considerava com uma 2ª mãe”... MOMENTOS FELIZES – “Tive e tenho muitos, graças a Deus. O nascimento dos meus filhos, netos e bisnetos. Gosto muito de ver a casa cheia, toda a família reunida. Outro momento feliz foi quando fui escolhida para ser a Mãe do Ano, recebendo várias homenagens. Isso, porque eu fiz, durante por vários anos, com a ajuda de muitas pessoas, é claro, o Almoço de Natal dos Presidiários”.

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