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Empresa de 48 anos fecha as portas - 14/11/2013

Recentemente, a reportagem GP tomou conhecimento de que a Ferbram Indústria e Comércio Ltda., tradicional empresa de Pará de Minas, especializada na fabricação de esquadrias e material para telhados, havia fechado suas portas. Diante disso, a GAZETA esteve com seu proprietário, Francisco Otávio Martins Abreu, que contou o real motivo pelo qual sua empresa encerrou seus trabalhos. Confira. “O que aconteceu foi o seguinte: fiscais da prefeitura estiveram aqui, dando um prazo para legalizar tudo, mas são várias coisas para legalizar, de uma só vez”, lamenta Otávio Abreu, como é mais conhecido. AS EXIGÊNCIAS – “1.) Primeiramente, pediram o laudo do Corpo de Bombeiros, dizendo que somente liberariam o alvará, após ter esse laudo em mãos. Em 48 anos de empresa, nunca tive problemas com incêndios. Onde já se viu ferro pegar fogo?; 2.) Porém, para que eu pudesse obter esse laudo, teria de contratar uma arquiteta, fazer um projeto de reforma dos banheiros e construir um refeitório; 3.) Outro problema seria a atualização do sistema digital, tendo de usar computador e impressora, área da qual eu não tenho conhecimento; 4.) Outro problema foi com a Cemig que tinha suas instalações internas aqui, mas essa eu arrumei; 5.) As instalações da Copasa também eram internas eu também passei para o lado externo da indústria”. 50 POR CENTO – “Mas havia outros problemas... Então, eu preferi fechar e a amolação principal foi a exigência desse tanto de coisas. Acho que todas essas amolações só servem para matar as pequenas empresas que, aos poucos, vão saindo daqui para outras cidades. Só as grandes irão sobreviver nesta cidade. Não sei o índice de pequenas indústrias que já declararam falência, mas acho que de 100, metade vai para o buraco”. O FECHAMENTO – “Comecei demitindo os funcionários, um por um, até ficar só eu que fiquei dando acabamento no estoque que restou. Claro que os funcionários não gostaram da notícia”... OUTRAS AÇÕES – “Enfim, eu não quero mais mexer com a Ferbram. Vou alugar esse galpão para quem quiser... Tenho outros interesses como produtor rural e trabalhar no plantio de eucalipto e criação de gado. Depois de todo esse aborrecimento, achei melhor deixar tudo de lado”. (Matéria sugerida por CARMEM LÚCIA VICENTE, PM/MG).

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