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05/11/2024


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HISTÓRIA DE VIDA - 21/11/2013

Domingos Eufrásio de Almeida, 94, filho de Américo Adriano de Almeida e Maria Preciosa da Cruz, é um homem simples e feliz. Trabalhou durante anos como bancário e foi casado com Teresinha Castro de Almeida, falecida em 2011, com quem teve 5 filhos (Maria José, Deia, Antonio, Domingos e Terezinha), 17 netos e 7 bisnetos. Domingos, que é descrito pelos filhos como um Grande Diamante da família, contou, ao lado da filha caçula um pouco de sua história para os milhares de leitores da GAZETA. Leia. “Eu morava na roça, em uma fazendinha do meu pai, que mexia com café. Éramos eu e mais 9 irmãos. Quando fiz 9 anos, papai morreu. Meus irmãos até cuidaram de lá, por um tempo, mas depois venderam a fazenda. Então eu, minha mãe e minha irmã nos mudamos para um casa que tínhamos no antigo Arraial Novo. Depois, nós compramos essa mesma casa e nos mudamos para Pará de Minas. Não havia escola, mas tinha uma, na roça, onde a gente aprendia qualquer coisa. De uma coisa que não me esqueço é da dona Tina Mendonça que se interessou em me ensinar. Eu ia para a casa dela todos os dias aprender. Mais tarde, ela me matriculou no grupo escolar, onde estudei até a 4ª série. Quando saí de lá já comecei a trabalhar. Aprendi muita coisa na escola, mas a melhor escola é a escola da vida”, conta Domingos. JÚLIO LEITÃO - “Trabalhei durante 4 anos em uma venda de cereais e depois trabalhei em uma casa de comerciais. Depois, me mudei para Belo Horizonte, mas não deu muito certo, não. Fique só 10 meses lá e voltei para cá. Um dia, o Júlio Leitão trouxe a 1ª agência de banco para a cidade e me ofereceu um emprego. Eu estava sem fazer nada e aquilo foi de grande ajuda para mim. Aí, fui aprendendo o serviço e crescendo no banco. Depois que o Júlio Leitão morreu, eu virei auxiliar do sucessor dele. Em 1968, virei gerente da agência. Tinha dia que chegava em casa às 23H. Ajudei também a construir o sindicato Patronal e também trabalhei por um tempo como mesário, no hospital. Minha vida foi simples, de luta, mas, graças a Deus, hoje está tudo bem. Eu nunca fiz nada de grandioso pela cidade. Também não era de fazer farra com os amigos, era mais quieto. Minha grande diversão era brincar com meus meninos. Cinema era de vez em quando. Depois que todos saíram de casa, aí que eu a Teresinha fomos fazer passeios, só eu e ela”. MUNDO ATUAL - “A política de hoje está triste. Não há dinheiro que chegue e o governo não é descente. Para mim, de vereador a presidente, é tudo da mesma... classe”. FÉ - “Deus para mim é um espírito superior. Se você parar para pensar, a Terra dá tudo para nós. A natureza, o mar, a terra, as nuvens... O que você planta, você colhe, mas as pessoas estão estragando tudo. Eu tenho certeza de que é Deus que governa tudo”. NOTA TRISTE - “Em 1947, me casei. A Teresinha morava perto da minha casa e eu era muito amigo do irmão dela. Um dia, teve uma festa em Caetano Preto e nós começamos a namorar lá. A Teresinha não foi só a minha mulher, ela foi tudo! Ela era a minha companheira. Foi muito triste, quando ela faleceu... Aquilo foi a pior coisa para mim... ver a Terezinha morta... (emoção). Eu nunca vou me esquecer dela...”. Hoje só tenho meus filhos... Todos meus irmãos e parentes já faleceram. Graças a Deus, meus filhos estão bem, todos encaminhados, com bons filhos. Como dizia a Teresinha, eles são as nossas 5 jóias raras, a quem dou muito valor! São eles que olham tudo que eu preciso. Todos eles vêm me visitar, todos os dias”.

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