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O abrigo é para adotar ou abrigar crianças? - 19/12/2013

O abrigo Casa do Caminho, que fica Na rua Tenente Júlio de Melo Franco, no bairro Serra Verde, é uma instituição destinada a crianças em situação de risco familiar. Para saber um pouco mais sobre esse importante trabalho, a reportagem GP conversou com o psicólogo Éverton José de Souza Menezes, 31, que trabalha no auxílio dessas crianças. Ele contou como é feito o processo de acompanhamento das crianças que lá chegam. Vale a pena conferir. “O abrigo Casa do Caminho é um local de acolhimento institucional no qual recebemos crianças pelo Judiciário, indicadas para serem retiradas de suas famílias por algum motivo. Por proteção dessas crianças, fazemos o acolhimento e as abrigamos até uma decisão judicial para que elas retornem às suas famílias de origem ou sejam encaminhadas para a adoção. Hoje, temos duas crianças acolhidas, uma com 6 meses e outra com 2 anos. Fazemos acolhimento de crianças de 0 a 11 anos, mas existem algumas exceções. Pelo tamanho da casa que nos encontramos e por segurança dessas crianças, não acolhemos adolescentes acima de 12 anos por muito tempo, mas também existem exceções, até que o Judiciário tome decisões para encaminhar o adolescente”, resume Éverton. MAUS TRATOS – “Nem sempre, o Conselho Tutelar faz as visitas e todo o trabalho é feito através de denúncias de negligências ou maus comportamentos dos pais em casa. Enfim, onde existem riscos para a criança. Então, se ela não está sendo protegida, ela precisa de proteção. Aí, o Conselho Tutelar a retira de sua família, até que façam um estudo social com essa família, envolvendo toda uma equipe de assistentes sociais e psicólogos. Isso, para que a criança volte para a sua família ou familiares próximos. Se isso não for possível, será feito todo um processo judiciário, até que ela seja encaminhada para a adoção. Fazemos prestação de contas todos os meses e encaminhamos para a prefeitura e o Judiciário para haver transparência”. MEDIDA PROVISÓRIA – “Na maioria das vezes, existem dificuldades, principalmente por parte da mãe, mas o Judiciário entra com os profissionais para fazer o trabalho necessário, explicando e orientando. O abrigo é um local para que a criança seja protegida e estando ali não significa que ela está disponível para adoção. Isso tem de ficar esclarecido: o abrigo não é um local de crianças órfãs ou que vão ser adotadas. Essas crianças têm seus pais, mas, por algum motivo, elas tiveram de ser retiradas de casa, em algum momento (de risco). Através de processos judiciários, eles vão decidir se essa criança volta para a sua família de origem ou para parentes mais próximos”. PARCERIAS – “Temos uma parceria com o Judiciário que, desde o início do abrigo, nos envia as doações judiciais. Temos também um convênio com a prefeitura, de onde recebemos uma subvenção anual. Mas ainda temos parceiros de doações que nos ajudam com roupas, brinquedos e alimentos”. PADRINHOS - “Fazemos um trabalho de orientação dos padrinhos que são aquelas pessoas que, nos fins de semana, pegam essas crianças no abrigo para dar a elas um convívio social e familiar saudável. Lógico que fazemos isso através de um estudo do apadrinhamento”. NOVA SEDE - “Atualmente, estamos em uma sede provisória, até que outras providências, na sede do bairro São Francisco, sejam analisadas e seja reestruturada a casa como rege o Conanda - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Ressaltamos sempre que precisamos de mais parceiros. (9974-7654)”.

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