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“Há pouca valorização do músico na cidade” - 19/12/2013

Pará de Minas sempre foi celeiro no ramo musical com habilidosos artistas que, muitas vezes, nem foram conhecidos ou reconhecidos pela população. Para saber como anda isso nos dias atuais, entre outros assuntos, a reportagem GP conversou com a musicista Juliana Grassi Pinto Ferreira, 49, proprietária e professora na Escola de Música Arte Nossa. Veja. “A música em Pará de Minas ilustra momentos importantes na vida das pessoas que expressam, através dela, um estilo, um pensamento, uma cultura, mas ainda não é valorizada como deveria. E mesmo que todos reconheçam a importância e a necessidade do ensino/aprendizagem da música, ainda assim, precisaremos de um planejamento pelo poder público para disponibilizar as ferramentas e os meios necessários para o seu desenvolvimento, principalmente nas escolas. Nesse sentido, temos muito que avançar ainda. A música em Pará de Minas é bastante diversificada. Temos a música erudita, a folclórica, a MPB, grupo de jazz, de choro, tem a música coral, bandas, a música de raiz, entre outros estilos. Mas ainda há pouca valorização do profissional da música na cidade”, revela Juliana. APTIDÃO – “Eu vejo a música como uma necessidade do ser humano. Dessa forma, todas as pessoas podem se expressar através dela, não sendo privilégio para poucos, conforme a ideia de dom nos leva a acreditar. E mesmo aqueles que, no contato e envolvimento com a música, demonstram maior aptidão para desenvolvê-la e aperfeiçoá-la, precisarão de muito estudo e dedicação. Vai depender do estágio ou nível em que a pessoa se encontra ao iniciar o curso e qual o seu objetivo, se quer ela ser um profissional ou não”. VOZ – “Uma boa voz depende de um conjunto de fatores como a afinação, o timbre, a tessitura, a ressonância, a desenvoltura e, principalmente, a musicalidade. Para a classificação vocal utilizamos um método específico, a partir da observação dessas qualidades da voz. Qualquer pessoa pode aprimorar a sua voz e desenvolvê-la conforme seus objetivos, sejam eles voltados para a comunicação social e interpessoal ou para o aprimoramento profissional”. INSTRUMENTO – “O interesse pelo estudo da música cresce na medida em que as pessoas compreendem a sua necessidade, a sua aplicação e os seus benefícios. Por exemplo, a música, como um meio de educação, pode contribuir para o desenvolvimento da criatividade, da espontaneidade, da autoconfiança, da comunicabilidade, para o estudo da matemática - que exige alto nível de abstração, entre outras faculdades ligadas ao desenvolvimento integral do ser humano. O instrumento que a pessoa mais gosta é o instrumento que ela vai aprender com mais facilidade, pois terá maior interesse e disponibilidade para dedicar-se a ele”. 26 ANOS - “Trabalho com música há 26 anos. A minha aptidão musical se desenvolveu na medida em que fui me envolvendo com ela, quando fui incentivada pela minha família a estudar violão e flauta, ainda adolescente. Depois de entrar para o Conservatório da UFMG, em Belo Horizonte, e experimentar também o violino e o piano, as áreas pelas quais mais me interessei e que me levaram à graduação e pós-graduação foram o Canto e a Regência. Hoje, a Escola de Música Arte Nossa oferece Oficinas de Música para crianças, jovens e adultos, musicalização para bebês, cursos de flauta doce, piano e teclado, violino, viola, violoncelo, violão, guitarra, baixo, bateria, cavaquinho, viola caipira, acordeon, canto, canto coral e prática de orquestra”.

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