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Mineiros ficam menos tempo casados, aponta pesquisa do IBGE - 21/12/2013

Minas Gerais apresentou queda no tempo médio transcorrido entre a data do casamento e a do divórcio, na comparação entre os anos de 2007 e 2012, segundo as Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2007, o tempo médio era de 17 anos, passando para 15 em 2012. A média no estado equivale à média nacional. Os dados consideram os divórcios judiciais concedidos e sem recursos e as escrituras de divórcio realizadas em cartório, para todas as idades. A redução ocorreu em todos os estados entre 2007 e 2012, conforme a pesquisa. De acordo com o IBGE, novas possibilidades legais para o divórcio podem ter ajudado a formalizar situações em que já havia dissoluções informais. Na comparação entre 2002 e 2007, o tempo médio em Minas era de 16 e 17 anos, respectivamente. saiba mais Taxa de divórcio tem primeiro recuo no país após mudança na lei, diz IBGE Solteiro demora dois anos a mais para se casar, segundo IBGE Já a taxa geral de divórcio apresentou recuo em Minas Gerais, passando de 2,8 para cada mil habitantes em 2011 para 2,6. Também houve queda na média nacional. Após registrar taxa de divórcios recorde em 2011, o Brasil apresentou em 2012 o primeiro recuo no número de dissoluções matrimoniais desde a mudança na Constituição que, em 2010, facilitou o processo. No passado, a taxa geral de divórcio no país era de 2,5 para cada mil habitantes, contra 2,6 em 2011. Conforme a pesquisa, não houve alteração na idade média de homens e mulheres na data da sentença do divórcio em Minas, na comparação entre os anos de 2002 e 2012. A idade média do homem se manteve em 42 anos e a da mulher em 39 anos. A pesquisa também constatou a hegemonia das mulheres na responsabilidade pela guarda dos filhos menores em todos os estados. Em Minas, 88,8% dos divórcios concedidos tiveram a responsabilidade pelos filhos delegada às mulheres. A guarda compartilhada foi observada em 5,3% dos divórcios e a guarda delegada aos homens em 4,9% dos processos. Conforme os dados, o 1% restante refere-se a outras situações ou não foi declarado. Casamentos Em Minas, o número de casamentos por mil habitantes de 15 anos ou mais de idade variou de 7,3 para 7,4 de 2011 para 2012, de acordo com levantamento do IBGE. A taxa é maior que a nacional, de 6,9 casamentos. Ainda segundo a pesquisa, homens e mulheres estão se casando mais tarde no estado. Dados foram comparados de 2002 a 2012. A idade média masculina na data do casamento passou de 26 anos para 28; enquanto a idade média feminina aumentou de 22 anos para 25. Em todo o Brasil, as estatísticas revelam que os casamentos entre cônjuges solteiros são maioria, mas a tendência é de decréscimo. De acordo com o IBGE, entre 2002 e 2012, a redução foi de 8,4 pontos percentuais. No sentido inverso, há crescimento da proporção de recasamentos – quando pelo menos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo –, representando 21,8% do total das uniões formalizadas em 2012. Em Minas Gerais, a proporção de casamentos entre solteiros caiu de 80,6% para 79,3% entre 2011 e 2012, como mostram os dados. Houve aumento na proporção de uniões entre divorciados, passando de 3,1% para 3,6%. Também aumentaram os percentuais de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges é divorciado. No Brasil, a coleta, a apuração e a divulgação das estatísticas relativas aos casamentos são realizadas pelo IBGE desde 1984, ano a partir do qual passaram a integrar o conjunto de Estatísticas do Registro Civil. Nascimentos As Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também consideram dados relativos a nascimentos. Os registros extemporâneos – nascimentos não registrados nos cartórios nos anos de suas ocorrências – apresentaram queda em Minas Gerais em dez anos. Em 2002, a taxa era de 10%, passando para 3,7% em 2007 e 1,8% em 2012. O levantamento analisa registros de nascimentos por grupos etários das mães na ocasião do parto. No estado, o grupo com maior participação relativa no total de nascimentos foi o das mães de 20 a 24 anos, cuja proporção foi de 25% em 2012. Na sequência, aparecem os grupos 25 a 29 anos, com 24,9% e 30 a 34 anos, com 21%. Quanto ao local de ocorrência dos nascimentos em 2012, os dados mostram que a quase totalidade do ano ocorreu nos hospitais. Em todo o Brasil, a proporção foi de 98%. Em Minas, o índice é maior, atingindo 99,4%. Outro aspecto da pesquisa é a mortalidade infantil. Os óbitos são divididos em neonatal precoce (óbitos de crianças de 0 a 6 dias), neonatal tardia (óbitos de crianças de 7 a 27 dias) e pós-neonatal (óbitos de crianças de 28 a 364 dias). De acordo com o IBGE, em 2012, 53,4% dos óbitos infantis registrados em Minas Gerais foram neonatais precoces, 17,5% foram neonatais tardias e 29,1% foram pós-neonatais. Ainda segundo o instituto, estudos relacionados à mortalidade infantil mostram que a medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionados às áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é os óbitos infantis se concentrarem na componente neonatal precoce.

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