Após 12 meses como diretor da E.E. Fernando Otávio, Vanderlei Cardoso foi exonerado do cargo. No dia 4 de dezembro, o professor de História, Alfredo Couto, 33, professor de História, já assumia oficialmente o cargo. A reportagem GP esteve com o novo diretor, que falou um pouco sobre essa nova etapa de sua carreira. Confira.
“Eu tive um susto, a princípio, pois estava na sala de aula, me preparando para uma aula em outra escola, quando o Vanderlei me chamou e disse que eu tinha sido nomeado e que, a partir daquele momento, eu teria que assumir a direção da escola. Eu já tinha dado meu nome, mas havia aquela dúvida, apesar de, no fundo, não acreditar que iriam barrar a minha nomeação por ser sindicalista. Agora, a minha meta, sem dúvidas, é continuar mantendo a tradição desse colégio, fazer um bom trabalho com os alunos, mas pretendo trazer um pouco de jovialidade para a escola. Eu tenho apenas 33 anos e acredito que eu possa trazer isso para o relacionamento com os alunos”, revela Alfredo.
E O FIM DO NOTURNO? – “Para mim, isso é uma política do Estado e não há nada que eu possa fazer em relação a isso. Infelizmente, isso não acontecerá só no Fernando Otávio e sim em mais duas escolas da cidade. Mas como o Fernando Otávio é a maior escola da cidade e da região, isso tem pesado um pouco no pensamento das pessoas”.
JOVENS E BALADAS - “Eu não acredito que o jovem esteja desistindo da escola. Acredito que a juventude precisa de uma afirmação e essa afirmação acaba sendo encontrada na emancipação financeira, fazendo com que muitos partam para o mercado de trabalho, trocando as prioridades”.
NINGUÉM QUER SER PROFESSOR – “A gente sabe que existem algumas políticas públicas que não funcionam e o professor hoje é extremamente desvalorizado. Não só financeiramente, mas socialmente. Os pais desrespeitam o professor e os alunos também... É muito complicado! Eu fiz uma pesquisa com meus alunos, perguntando quem gostaria de ser professor, quando percebi que, em todas as turmas que eu leciono, em torno de 500 alunos, apenas 7 falaram que gostariam de ser professor... Espero que um dia possamos mudar isso”.