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HISTÓRIA DE VIDA - 02/01/2014

Vanda Maria Moreira dos Santos nasceu em Pará de Minas/MG, no dia 29 de julho de 1927, como um dos 4 filhos do casal José Inácio Marinho e Jorgita Maria de Oliveira. Em 1945, casou-se com o médico Silvino Moreira dos Santos, falecido em 1986, com quem teve uma filha (Jane) e 3 netos. A reportagem GP esteve com Vanda, a fim de saber um pouco de sua história de vida. Não deixe de ler. “Meu pai era um homem muito calado, quase não conversava. Mas era muito honesto e religioso e passava essa religiosidade, essa fé para os filhos. Era comerciante. Minha mãe era muito boa, dona de casa e ficava cuidando dos filhos. Lembro-me que ela tinha muitos irmãos e todos gostavam dela. Como ela tinha muito bom senso e era muito sensata, todos os irmãos, quando tinham algum problema, iam lá em casa ouvir a opinião dela”, relembra Vanda. O AMOR – “Naquela época, não tinha televisão, nem computador. Então, a gente brincava com brinquedos mesmo. A cidade era muito tranquila, porque eram poucas as pessoas que tinham carro. E nós brincávamos na rua de jogar bola, jogar peteca, andar de bicicleta, sem perigo nenhum. Eu estudei na escola Governador Valadares; depois nos colégios São Geraldo e São Francisco. Como aqui não tinha outros cursos, fui para Belo Horizonte/MG, cursar o magistério. Quando eu voltei, já era moça comprometida e logo me casei. Portanto, não cheguei a dar aulas. Me casei aos 17, quase 18. Eu frequentava o colégio São Geraldo e ele era professor de biologia. Lá, nos conhecemos e começamos a namorar. Eu fui muito feliz no meu casamento. Por ser médico, ele era muito ocupado, mas, mesmo assim, tinha tempo para viajar e fazer bons passeios em família”. AS FESTAS – “Quando eu era jovem, havia muitos bailes e festas no Centro Literário (Pedro Nestor). No mês de junho, tinha a festa de São Pedro e as fogueiras nas casas das pessoas. Nós rezávamos os terços, soltávamos os fogos e, depois, nos reuníamos em uma mesa farta. Em setembro, tinha a Festa da Primavera e, no fim do ano, tinha a festa de Ano Novo. Eram festas muito bem frequentadas, todo mundo ia (vestido) a rigor. Era muito bonito! Na Praça de Esportes, também tinha muito movimento, muitas competições esportivas”. AS ALEGRIAS – “Eu tive vários momentos felizes. Na verdade, por toda a minha vida eu fui feliz. Nunca tive problema nenhum, graças a Deus. Minha filha, toda vida, foi muito calma, nunca me deu trabalho, sempre estudiosa e responsável. Os meus netos também são muito bons, muito unidos e eu agradeço muito o carinho e o cuidado que eles têm comigo. Eles são a maior alegria da minha vida. O que eu mais gosto de fazer é reunir a família, juntar meus irmãos, meus cunhados, que são muito meus amigos, e os sobrinhos também. Quando chega a época do Natal e do Ano Novo, eu já enfeito a casa toda. Aí, a família se reúne e nós rezamos, brincamos e nos divertimos, fazendo uma verdadeira festa”. AS TRISTEZAS - “Quando meu marido morreu foi um momento difícil de superar... Como foi de repente, foi mais doloroso para nós. Senti muito a falta dele! Depois, meus pais faleceram, duas irmãs e, recentemente, o marido da minha filha faleceu, também de repente. Com plena saúde, ele teve um ataque cardíaco. Acho que a morte, por natureza, é algo difícil da gente lidar, superar”... A FALTA DE DEUS – “O mundo tem suas coisas positivas como o avanço tecnológico. É muita coisa moderna que a gente nem sabe como mexer. Mas está tendo muita violência e muita droga. E os países, um com outro, ameaçando fazer guerras, deixando-nos inseguros. Precisamos de mais paz e segurança, pois a violência está muito grande! Acho que os jovens de hoje precisavam ter mais fé. Se a pessoa não tem fé, fica sem algo para seguir, fica sem rumo. Quando a gente tem fé, o mundo melhora. Muita droga, muita liberdade e pouca fé fazem as pessoas ficarem sem rumo. Todos aqui em casa somos religiosos. O meu marido fazia parte do Conselho Pastoral da Paróquia, foi Ministro da Eucaristia e eu também, por muitos anos. Eu tenho muita fé e gosto muito de rezar. Afinal, Deus é tudo! Sem Ele não somos nada. Se não temos Deus, quem vai proteger a gente”?

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