O bairro Jardim das Piteiras abriga um presépio bem peculiar, porque além de mostrar o nascimento de Jesus, ele retrata outras partes da história de Jesus, como o julgamento, a crucificação, a ressurreição, entre outras narradas no Novo Testamento. O Presépio das Piteiras, como é mais conhecido, existe há mais de 20 anos e foi construído por Eduardo Ribeiro, 56, mecânico. A GAZETA esteve ele que contou um pouco de sua história. Vale a pena conferir.
“A ideia surgiu, por causa de uma água que corria de uma nascente. Isso, porque os movimentos das imagens, via fios de nylon, acontecem através da força da água. Esse ano, estou captando a água do ribeirão com uma bomba para que o presépio continue se mexendo. Algumas pessoas doam material, como os pisca-piscas que recebi esse ano. Mas a mão de obra e a confecção dos bonecos sou eu mesmo que faço. Minha nora e minha esposa ajudam com as roupinhas. Ele começou com 2M de comprimento. Há 15 anos, construí o galpão, tendo ajuda do Chapinha que doou as telhas e o pessoal que me deu uma força. Ele fica montado o ano inteiro. Enquanto tem água, eu o deixo funcionando. Depois, desmontamos para que ele seja remontado, de modo diferente”, conta Eduardo.
TRADIÇÃO – “Fazer presépios vem de uma tradição da minha família. Eu sou de Divinópolis/MG, onde minha mãe sempre montava um pequenino presépio, todo Natal. Depois que ela faleceu, eu continuei montando, só que de uma maneira diferente (riso). Todo ano eu crio alguma coisa, colocando mais personagens e mais histórias”.
DOAÇÕES – “Este presépio significa muitas coisas para mim. É um lugar de reflexão, de ajuda ao próximo. Através dele e das pessoas que vêm visitá-lo, nós conseguimos doações de roupas e alimentos para ajudar a dar um Natal melhor para algumas famílias carentes de Pará de Minas. As pessoas contribuem com roupas, balas, alimentos e brinquedos e, no dia 24 de dezembro, a gente saiu fazendo as entregas. Temos 18 famílias cadastradas, realmente necessitadas de alimentos. Através da GAZETA, agradeço a todas as pessoas que contribuíram por confiarem no meu trabalho”.