A Polícia Federal no Espírito Santo não encontrou relação do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), filho do senador Zezé Perrella (PDT) com o transporte de 455kg de cocaína em seu helicóptero particular. No dia 23 de novembro de 2013, quatro pessoas foram presas em flagrante enquanto descarregavam a droga do helicóptero de propriedade de Perrella em uma área rural do município de Afonso Cláudio (ES). O relatório final da PF cita o parlamentar apenas como dono da aeronave. Segundo o documento, "o envolvimento dos proprietários da empresa dona do helicóptero foi descartado em decorrência de prova técnica". Marchinha “Baile do Pó Royal” vira hit com sátira do caso Perrella A perícia em um dos celulares, segundo o delegado Leonardo Damasceno, mostrou que o funcionário de Perrella "manifestou receio várias vezes em conversas com o outro piloto (Alexandre) que os donos da aeronave desconfiassem do seu uso para a realização do ato criminoso". Denúncia do MPF O Ministério Público Federal no Espírito Santo denunciou, nesta sexta-feira (24) o piloto particular de Perrella e o ex-funcionário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Rogério Almeida Antunes, assim como o copiloto, Alexandre José de Oliveira Júnior, os responsáveis por descarregar o helicóptero Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, e Elio Rodrigues, que comprou uma fazenda vizinha para descarregar a droga. O procurador da República Fernando Amorim Lavieri, pediu o desmembramento do inquérito e o envio para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, já que Gustavo Perrella possui foro privilegiado. De acordo com o procurador, entretanto, o envio do processo ao TRF2 "não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos fatos". Os denunciados respondem por tráfico de drogas (penas de cinco a 15 anos), associação ao tráfico de drogas (três a 10 anos) e podem ter aumento da pena em dois terços já que foi caracterizado o tráfico internacional, com o carregamento da droga no Paraguai. O helicóptero está sob guarda da Polícia Militar do Espírito Santo. Por decisão do juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, a aeronave pode ser utilizada em operações do governo estadual, como em ações para ajuda a desabrigados pela chuva.