A agressão psicológica é uma agressão com propósito de afetar a vítima, usando palavras de ofensas e autoritárias, deixando o indivíduo com traumas e bloqueios permanentes. O agressor, ainda não satisfeito, parte ainda do psicológico para o físico com intuito de dominar a pessoa. Pessoas que sofrem essa tipo de tortura muitas vezes precisam de tratamento para poder superar o trauma. Para focar melhor sobre esse assunto, a reportagem GP conversou com o psicólogo Marco Vinícius José da Silva, 29. Confira. “A agressão psicológica é um tema que deveria ser mais abordado, pois é uma violência silenciosa. É um tipo de violência na qual a pessoa se dirige a uma outra, limitando-a, tanto no desenvolvimento como em algumas outras ações e, consequentemente, gerando uma diminuição da autoestima do agredido. São atos que o agressor visa sobretudo controlar as ações do outro ou ridicularizá-lo e humilhá-lo, colocando-o em situações que geram constrangimento na vida dele. Enfim, impondo limitações para o desenvolvimento de quem sofre essas agressões”, ensina o psicólogo. PERFIL DO AGRESSOR – “Os estudos não apontam um tipo definido de personalidade que comete, mais ou menos, esse tipo de ato. Mas é uma agressão que acontece em diversas situações e grupos, tanto entre marido e esposa, pais e filhos, professor e aluno, empregador e empregados. Algo que percebemos na clínica é que pessoas que cometem esse tipo de violência são pessoas que também sofrem algum tipo de violência. É algo inconsciente. Talvez, ela agride e nem percebe que está cometendo uma agressão”. TOMAR CONSCIÊNCIA – “Essa violência pode bloquear diversas ações na vida como decisões importantes. Tanto a curto ou a longo prazo, como elas atingem a autoestima, afeta o auto-desenvolvimento. Existe uma curiosidade, na qual a pessoa procura ajuda já com algum bloqueio, sem ter total conhecimento dele e, somente durante o processo terapêutico, ela conseguirá trazer à memória o que realmente está gerando o bloqueio”. EXPLOSÃO DE VIOLÊNCIA –“A violência psicológica antecede à violência física,tanto da vítima, quanto do agressor. A vítima pode guardar esse rancor e, em dado momento, ter uma explosão de tudo o que ela viveu. Ao contrário, o agressor não quer mais atingir a pessoa psicologicamente, passando ao ato físico. Quando chega nesse ponto, o objetivo continua o mesmo: controlar a vida da pessoa. Para se livrar desse tipo de comportamento, antes de tudo, devemos nos conhecer melhor, sabendo o porquê do outro nos agredir e o porquê de permitirmos suas agressões”.