Rondônia está em situação de alerta por causa da cheia do rio Madeira, que já atinge quatro municípios, inclusive a capital do estado, Porto Velho. A Defesa Civil pediu a ajuda do Exército para socorrer as vítimas.
Dez bairros foram atingidos em Porto Velho e a água ameaça chegar ao centro da cidade. Centro e trinta famílias já foram retiradas das casas e levadas para abrigos. Comunidades ribeirinhas ao longo do rio estão completamente inundadas.
O município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, está isolado. O rio Araras, afluente do Madeira, transbordou e a água invadiu a rodovia e a ponte que dá acesso à cidade. O isolamento já traz consequências: os moradores fazem filas nos postos, mas desde quinta-feira (13) não há mais gasolina e óleo diesel. O estoque de água mineral só dá para mais um dia.
A operação da balsa sobre o rio Madeira, que faz a ligação com o Acre, também está prejudicada. Foi preciso improvisar uma rampa para o embarque e desembarque dos veículos, porque 400 metros de estrada desapareceram sob as águas.
No último dia, o nível do rio Madeira subiu 26 centímetros e faltam apenas 14 para atingir a marca de 17,52 metros, registrada em 1997, quando houve uma das maiores enchentes em Rondônia. E está bem perto de alcançar uma marca histórica.
“Se chegarmos a cota de 18 metros prevista teremos a maior cheia dos últimos 50 anos no município de Porto Velho”, afirma o coronel José Pimentel, coordenador da Defesa Civil.
Fonte: Jornal Hoje