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O companheiro da manicure Fernanda Nagia, 29, o motoboy Gilmar Vitor da Paixão, 37, confessou em uma rede social que matou a mulher. A Polícia Civil já tem conhecimento da publicação feita no fim da noite dessa quarta (26) e considera esta uma das principais provas para incriminá-lo.“Gostaria de pedir perdão todos pelo acontecido, não premeditei nada, quem realmente me conhece, sabe o quanto passei por esse amor, q acabou em trajedia Deus sabe quanto tenho sofrido e sofrerei, muita pressao psicológica e falta d Espiritualidade, aconteceu o pior, me perdoem, orem por mim, filho e família dela…(SIC)”, escreveu Paixão no Facebook. De acordo com o delegado Thiago Saraiva, da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, não há dúvidas de que o homem tenha sido o autor do crime. “Ontem (quarta-feira, 26), ouvimos testemunhas e já estava praticamente fechado nele. Ele tinha conversado com a gente e confessado o crime e, depois disso, postou em uma rede social pedindo desculpas à família”, explicou Saraiva, que preside o inquérito. Após o texto de confissão, os amigos de Paixão o questionaram, na internet, quanto ao crime, e ele tentou se explicar. "que isso irmao vc tinha que ter pensado na criança ... tem tanta mulher no mundo .... acho que nao precisava ..." (SIC), falou um dos conhecidos na rede. Em resposta, Paixão escreveu: "Mano não tem nada haver oque estão falando, e o contrário, ela sempre m infernizando, eu q não queria. Ela escolheu ficar sempre atrás e m afingindo sempre" (SIC). Em dias anteriores, Paixão postou, na mesma rede social, mensagens de preocupação com o suposto desaparecimento de Fernanda e de como seria a sua vida e a do filho sem a mulher. “Meu JESUS querido,seja conosco nessa hora, da vitória Senhor, trás Fernanda de volta, precisamos muito dela, o Davi mais ainda, ele nem sabe oque ta acontecendo direito, olha por ele oh Pai amado” (SIC). Paixão também garantiu para os amigos da rede social que irá se entregar nesta sexta-feira (28). O suspeito é acusado de ter matado dois homens, um em 2005 e o outro em 2007. Nesta sexta, ele vai a júri popular, onde será julgamento pelo primeiro assassinato. A irmã de Fernanda, Ana Paula Santos, 38, afirmou que desde o dia em que o corpo da manicure foi encontrado, a família acredita que Paixão fosse o culpado. "Estamos péssimos. A família está destruída e nosso sentimento é de incapacidade", disse. A expectativa de Saraiva é de que o inquérito seja finalizado ainda esta semana. Ele já ouviu algumas testemunhas e ainda deve colher os depoimentos de familiares de Fernanda e do filho dela, de 7 anos. Filho O filho da manicure com o motoboy já foi localizado e está bem, segundo a delegada Cristina Coelli Cicarelli Masson, da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida de Belo Horizonte (DRPD), que o visitou na noite dessa quarta-feira (26). Segundo a delegada, a criança não está na companhia do pai, mas está em local seguro e os parentes maternos também já foram informados do paradeiro. “O pai, no momento, está em local incerto. Ele não é uma pessoa desaparecida, porque não tem ocorrência e não está foragido porque não há flagrante delito e nem mandado de prisão contra ele”, explicou Cristina. Fernanda foi enterrada nessa quarta-feira (26), no Cemitério da Saudade, no bairro Saudade, na região Leste de Belo Horizonte. "Sei que nada vai trazer a Nanda para nós. Doí muito. Só queria ter ela pra poder dar um beijo e falar pela última vez o quanto nós a amamos", desabou a sobrinha da vítima, Priscila Silva. Relembre o caso O corpo da manicure Fernanda Nagia, de 29 anos, desaparecida desde a última quinta-feira (20), foi encontrado nessa terça-feira (25) enterrado às margens da avenida Cristiano Machado, no trevo do bairro Guarani, na região Norte de Belo Horizonte. Familiares da jovem estiveram no local e fizeram a identificação. A manicure saiu de casa na manhã de quinta-feira para ir ao trabalho e, desde então, não foi mais vista. Ela não chegou ao salão no qual era funcionária. Parentes chegaram a falar que ela era constantemente agredida pelo companheiro, com quem discutia muito. Fonte: O tempo