Continua desaparecido o avião de pequeno porte que transportava uma equipe de profissionais de saúde da Funai para uma aldeia indígena de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), as buscas para localizar a aeronave, um bimotor modelo Beechcraft BE 58 Baron, continuam nesta quarta-feira (19). Um avião de Manaus e outro de Campo Grande ajudam na localização da aeronave.Uma passageira chegou a mandar mensagens de celular avisando que o avião passava por problemas na manhã de terça-feira (18). Na primeira mensagem, às 12h47, a técnica em enfermagem avisava o tio sobre o perigo. “Tio to em temporal e um motr parou avisa a mae q amo muit tods ...to aflita..to em pânico...se eu sair bem aviso...to perto do jkre...reza por nos...n avisa a tia ainda... (sic)”, dizia a mensagem. Na segunda, às 12h48, Rayline pediu socorro. “O motor ta parando.socorro tio tio (sic)”.
A mensagem de Rayline foi enviada para o celular do tio, Rubélio Santos. "Recebi a mensagem às 13h. Imediatamente tentei ligar para ela, mas só dava fora de área. Então avisei para um colega que trabalha na Infraero, e ele avisou sobre a situação", relata. "Temos esperança de que ela esteja viva, sim", declarou o tio da enfermeira.De acordo a Agência nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.
O G1 realizou novo contato com a empresa Jotan Taxiaéreo, dona na aeronave desaparecida. No entanto, a empresa informou que ainda não irá se pronunciar a respeito do caso.
Entenda o caso
O bimotor decolou do aeroporto de Itaituba, sudoeste do Pará, às 11h40 da última terça-feira (18), em direção ao município de Jacareacanga. Segundo a aeronáutica, o avião desapareceu uma hora e vinte minutos depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio.
Cinco pessoas estavam no bimotor: o piloto, um motorista e três técnicos de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku.
Fonte: G1