A Família FIFA não ficará no Brasil durante os jogos do mundial deste ano. De acordo com a Folha de São Paulo, um bom número de responsáveis e dirigentes da federação declarou que não estará presente no país, durante os jogos. Os dirigentes demonstram com essa declaração uma grande preocupação, temendo uma situação parecida com a Copa das Confederações, ano passado. Nessa ocasião, numerosas manifestações ganharam as ruas. Assim sendo, a própria Fifa aconselhou seus responsáveis a ficarem o menos possível no território brasileiro, levando-os a chegar a São Paulo/SP alguns dias antes da abertura dos jogos para o Congresso Anual da Fifa, partir do Brasil e só voltar (eventualmente) para a final. Por sinal, Joseph Blatter, presidente da organização, não assistiu aos jogos da Copa das Confederações, em junho, explicando ter que participar das cerimônias da Copa do Mundo U-20 na Turquia. Se, desta vez, ele ficará no país, não será caso dos outros grandes nomes da confederação que declararam partir logo depois da cerimônia de abertura. “Acho que os brasileiros não atacarão diretamente o futebol. Sabemos que haverá novas manifestações, protestos. As últimas (...) não tinham uma verdadeira reivindicação, mas durante o Mundial, elas serão, talvez, mais estruturadas, mais concretas”, declara Joseph Blatter. A Fifa já previu um plano de proteção, em caso de protestos de grandes proporções, na mesma linha do que foi feito durante os jogos de junho (identificação dos carros da federação retirada, como a bandeira nos hotéis abrigando os responsáveis), fazendo todo o possível para que os jogos não sejam afetados, além de uma proteção extra aos patrocinadores e à família Fifa. (HENRIQUE VALADARES, de Paris/França para esta GAZETA).