Há algum tempo, o arte-educador Rony Morais criou o projeto Folclorear, com a intenção de trazer para perto dos pará-minenses e levar para as cidades por onde passam as lendas e costumes do folclore brasileiro através de várias formas de arte, como teatro, dança, cinema, entre outras. Recentemente, no auditório da Escola Municipal Professora Amélia Guimarães (Caic), um grupo de teatro - formado pelos jovens Daniel Faria, Deivid Ângelo, Dian Lucas, Gleisson Dias e Igor Baía (foto) - apresentou o espetáculo cênico Caixa Folclórica, com direção de Rony Morais e texto de Kátia Honório. Numa mescla das culturas que formou o Brasil, o folclore foi mostrado através das brincadeiras e músicas. A reportagem GP falou com Rony Morais. “Reunimos atores engajados que realizaram um trabalho de pesquisa bem interessante sobre o tema. Eles esmiuçaram nossas tradições folclóricas e descobriram várias manifestações populares que permitiram montar um espetáculo que proporciona uma leve e gostosa experiência de resgate cultural”, explica Rony. UM QUÊ DE QUÊ? Para o arte-educador, uma das principais preocupações é sempre mostrar a importância de outras culturas na formação das tradições do país. “Queremos fazer com que as pessoas enxerguem como as culturas africana e indígena exerceram uma importante função na formação de nossa nação. Os costumes portugueses influenciaram muito nossas festividades e nossas crenças. Por isso, o espetáculo traz toda essa diversidade de culturas dentro de uma caixa. Ao ser aberta, seus personagens apresentam um Brasil que tem um quê de europeu, mas também tem uma forte conotação africana e indígena. A intenção do espetáculo é buscar uma reconciliação com o nosso passado, reencontrar essa parte de nossa ancestralidade, sempre tão relegada e esquecida”, explica o didático arte-educador.