Após 20 dias de mistério, especulações e até ajuda de civis pela internet, autoridades da Malásia anunciaram hoje, 2ª feira, 24, que o voo MH-370 da Malaysia Airlines caiu no mar, matando todos os 239 passageiros a bordo.
Durante uma conferência, na presença de familiares dos passageiros, o 1º ministro Najib Razak indicou que o Boeing 777, que ia de Kuala Lumpur a Pequim/China, caiu no sul do Oceano Índico, a cerca de 2.000KM de Perth, no oeste da Austrália. Os familiares teriam sido informados, momentos antes, através de um SMS, que não há mais dúvida de que o voo MH-370 foi perdido e que nenhum de seus passageiros sobreviveu. Entre os mortos, 53 chineses, 4 franceses, 4 americanos e 2 canadenses. Se o ministro Razak não deu maiores informações, o mistério paira ainda sobre os motivos do acidente, em um dos casos mais estranhos da história da aviação. Alguns especialistas acreditam em uma explosão em pleno voo, devido a uma despressurização, apesar do Boeing 777 ser considerado um avião extremamente seguro. Mas essa despressurização pode ter sido causada por um erro técnico. Segundo as autoridades, essa teria sido a 1ª vez que tecnologias extremamente desenvolvidas teriam sido usadas neste tipo de investigação. Com a ajuda de navios e radares de uma grande quantidade de países (incluindo analistas britânicos, navios e satélites chineses e americanos) um avião chinês localizou dois objetos suspeitos, relativamente grandes como sendo destroços do avião sumido sobre o mar. Se essas revelações elucidam em partes o mistério, as autoridades declaram que uma busca submarina não é ainda possível, devido à vasta área de busca e falta de informações. (HENRIQUE VALADARES, de Paris/França para esta GAZETA).