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Gotículas de tosses e espirros vão mais longe do que se pensava - 12/04/2014

As gotículas potencialmente infecciosas provenientes de tosses ou espirros vão mais longe do que se pensava. Isso porque, quando expelidas, se movimentam em meio a uma nuvem de gás. Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram que esse tipo de nuvem tem um papel importante na condução do material e pode fazer com que ele fique no ar por mais tempo e atinja mais pessoas. Para chegarem a essas conclusões, pesquisadores analisaram imagens feitas por uma câmera de alta velocidade que registrou voluntários tossindo ou espirrando. A conclusão foi que a lufada de ar proveniente da tosse ou de espirro faz com que as gotículas adquiram uma dinâmica de movimento peculiar, em que as menores conseguem ir mais longe do que as maiores.Sem levar em conta a presença da nuvem de gás, seria esperado que as gotas maiores é que seriam capazes de ir mais longe, e chegar a uma distância estimada de dois metros, de acordo com o pesquisador John Bush, professor de matemática aplicada do MIT. "Ao elucidar a dinâmica da nuvem de gás, nós mostramos que existe uma circulação dentro da nuvem - as gotas menores podem ser arrastadas pelos turbilhões dentro da nuvem e ficar suspensas novamente. Basicamente, as gotas menores podem ser carregadas por uma longa distância por essa nuvem de gás enquanto as gotas maiores caem", diz Bush. Dessa forma, existe uma relação inversa entre tamanho da gota e a distância percorrida. De acordo com o estudo, as gotas menores podem ir de 5 a 200 vezes mais longe do que iriam se simplesmente se movessem como partículas isoladas, fora de uma nuvem de gás. A partir dessa descoberta, de acordo com os autores do estudo, é possível concluir que sistemas de ar condicionado e ventilação podem contribuir ainda mais para carregar as gotículas de muco por distâncias maiores. "Você pode ter contaminação na ventilação de uma forma muito mais direta do que teríamos esperado originalmente", diz Lydia Bourouiba, professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental do MIT e uma das autoras do estudo. Fonte: G1

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