VOU SER FELIZ QUANDO CHEGAR LÁ? Desde pequenos, somos estimulados a disputar um lugar especial no Universo. Basta ligar a televisão para constatarmos esse fato. E, na ótica dessa publicidade, sinônimo de sucesso profissional e pessoal, é ser um consumista insaciável, ter muita grana e poder, dirigir carrões importados, malhar na melhor academia, vestir roupas da moda, usar os melhores perfumes e manter relações afetivas com as pessoas mais bonitas. A vida hoje é tão competitiva que descobri esses dias, numa palestra de um banco sobre expectativas econômicas, que até dinheiro bom estressa. O consultor citou que o dólar estava no auge do stress... Então, pensei comigo mesmo que até dinheiro entra em depressão. Somos predestinados a trabalhar como mouros para chegarmos lá, onde quer que esse lugar esteja. Não entra sequer nesta discussão se seremos felizes ou não com isso. Não vejo nada contra buscar o sucesso, galgar o Olimpo do topo e, pelo contrário, vejo isso como algo saudável, a busca pelo melhor. Mas a pergunta que se faz é: Vou ser feliz quando chegar lá? O segredo dos vencedores é a paixão! Conquistar um lugar ao sol é apenas consequência dessa paixão. Para fazer as escolhas certas você precisa entrar em contato com a sua alma e é nessa solidão pessoal que você encontrará as respostas para a sua vida. No início do século passado por ocasião da Guerra da Coréia, a frota russa viajou quase um ano para guerrear com o Japão e perderam a guerra, após um dia de batalha. O vaidoso czar Nicolau II queria a vitória a qualquer custo para desviar a atenção de suas dificuldades econômicas domésticas. Assim também acontece com quem busca desesperadamente o sucesso, esquecendo-se que a vida não é uma emergência e sim uma maratona. Ou seja, a vida não é uma coincidência... A vida é uma consequência. Ser feliz não é conseqüência de ter sucesso assim como ter sucesso não é garantia de ser feliz. Este é o sagrado segredo dos vencedores. Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus! (GILCLÉR REGINA, BH/MG). LUTANDO CONTRA O EGOÍSMO Gostaria de não ser egoísta para responder com um sorriso todo mal que me fizeram. Acreditar, assim simplesmente, no flerte daquele olhar que me procura. Apagar a escuridão de um desencontro. Ter plena certeza de encontrar um novo caminho de luz e fazer dos pequenos encontros um momento eterno. Responder às injustiças com paciência, reconhecendo, assim, a fraqueza de quem não acredita no amor. Sempre estender a mão, ao irmão do lado, espontaneamente, sem exigir retorno, só pelo prazer da doação. Ver que o sentido da vida está na alegria do encontro e na recordação de um momento feliz. Ser forte o bastante para não sofrer quando o destino nos separar. Acreditar que isso não importa e continuar amando, mesmo sem ter amores... (EUSTÁQUIO DE MIRANDA, PM/MG, cujo título original é Egoísmo).