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Nº 2043
28/10/2024


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O golpe de 64 na cidade - 17/04/2014

Passados 50 anos da revolução que deixou sinais em Pará de Minas, são poucos os que recordam daqueles dias tenebrosos no Brasil e, em particular, em nossa cidade, porque a maioria dos leitores (GP) não participaram dos fatos, dias após conhecida a convulsão nacional. Por convocação política na cidade, aconteceu a marcha do Brasil pela liberdade contra o comunismo, quando uma multidão percorreu as ruas centrais em apoio à quartelada. Nada foi além de uma adesão pelo medo do que por outro ideal. Nos dias que se seguiram o 31 de março, entre nós aconteceu a convocação de jovens pará-minenses, reservistas do Exército, os chamados bate paus como voluntários em defesa da ordem e do regime. Eram cidadãos reservistas pará-minenses que serviram o 12º R.I. Curioso é que os voluntários, sem fardamento, equipados com coletes de campanha (cinto em forma de X, onde se encontravam coldre e bolsas para munição vazias e que se postavam em postos de gasolina e prédios públicos). PADRE EXILADO - Em pleno calor do regime instalado em 1964, Pará de Minas se viu marcada pela nova ordem, quando padre Hugo, em um ato até cômico, por ter apoiado um grupo de jovens em suas fantasias carnavalescas, desagradou o delegado, Hélio da Veiga Reis. Alegando desacato, tinha a intenção de prendê-lo. Padre Hugo, informado dos fatos em marcha, teve a proteção do então promotor, Dr. Ataliba Trindade. Em seguida, partiu para um exílio voluntário, na Bélgica. Fatos que abalaram a cidade, na década de 60. (DUMAS COUTINHO, Pará de Minas/MG).

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