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Musica é disciplina - 24/04/2014

Pará de Minas é uma cidade repleta de grandes músicos, apesar de alguns deles serem mais reservados, dificultando a divulgação de seus trabalhos. Felizmente, esse não é o caso da musicista Nicéia Nunes Lopes que recebeu a reportagem GP para contar um pouco de sua trajetória, depois de residir 10 anos, na Itália. Confira. “A música é um presente na minha vida. Na minha casa, desde criança, meus pais, muito atentos, percebiam a minha forte tendência artística e musical. Aos 9 anos, iniciei o estudo do piano, em Pará de Minas com os professores Irene, Fábio Simões Vieira e Dalva Frágola. Com 15 anos, frequentei aulas, semanalmente, com a professora Maria Emília Magalhães, em Belo Horizonte. Comecei a dar aulas, em 1984, enquanto enriquecia minha bagagem musical tocando com músicos de diferentes estilos musicais. Por 10 anos, fiz parceira musical com Urbano Medeiros, saxofonista renomado, muito importante na minha carreira musical. Participei de vários workshops, entre eles com o Grupo Uakti (percussão), Babaya (canto) e Enny Parejo (musicalizacão infantil). Estudei 2 anos de saxofone em Belo Horizonte com o professor Robert Clay. Fui idealizadora e coordenadora do projeto Recital, de 2000 2003, na Casa da Cultura de Pará de Minas. Em fim, por 20 anos, trabalhei com música, dando aulas. Também trabalhei com diversos eventos culturais, na secretaria de cultura. Então, minha formação foi um pouco em Pará de Minas e um pouco em B.H., fazendo diversas oficinas como de percussão e canto. Apesar de ter estudado saxofone por 2 anos, meu instrumento é o piano. O restante é apenas aperfeiçoamento. Estudei o piano clássico, depois estudei a MPB. Estudo, estudo e mais estudo (riso), porque música é disciplina”, resume a musicista. E A ITÁLIA? – “Na Itália, vivi de 2004 até o final de 2013... Falando de música, as duas culturas possuem coisas boas aqui e coisas boas lá. Coisas que não são boas aqui e também coisas que não são boas lá. De interessante, observei que os músicos italianos são mais disciplinados e estudiosos que os músicos brasileiros. Então, os brasileiros poderiam aprender com eles a ser mais profissionais. Já a criatividade brasileira é maior do que a Italiana, uma vez que o improviso é algo que eles têm dificuldade de fazer. Talvez, pelo fato de improvisarem mais aqui, acaba deixando os brasileiros mais criativos”. E O FUTURO? – “Estou feliz de estar aqui (de volta), fazendo parte da Arte Nossa... Sobre os planos futuros, eu deixarei acontecer (riso)”.

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