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Nº 2044
05/11/2024


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HISTÓRIA DE VIDA Édson Campolina Pontes, 83 - 24/04/2014

Filho de José Dias Pontes e Ágda Campolina Marques, Édson Campolina é considerado um benfeitor de Pará de Minas. Sócio fundador da Ascipam Empresarial, contribuiu para construção das atuais escolas estaduais Fernando Otávio e Manoel Batista, e do estádio do Rio Branco; incentivou a construção do Banco de Sangue Municipal, da Cemig na cidade, entre outras realizações. 8 vezes avô e 4 vezes pai, esse Pai Patafufo 2013, aos 83 anos, contou sua história de vida para a reportagem GP. Vale a pena conferir. INFÂNCIA - “Fui criado na roça. Meu pai tinha uma fazenda à beira do rio Paraopeba, onde havia uma balsa, onde eram atravessados cavalos, bois e até uma boiada. Fui criado naquele meio, tirando leite de vaca. Quando cresci mais um pouco, fui para Sete Lagoas/MG estudar, onde fiquei na casa de um tio. Lembro-me que durante o primário eu fui presidente dos clubes de leitura. Acho que já tinha vocação para a política (riso). Eu também gostava muito de jogar futebol e houve uma época que eu joguei lá no Rio de Janeiro. Enquanto eu estudava lá, meu irmão foi convocado para o exército - por causa da guerra - e tinha a possibilidade dele seguir para a Itália. Diante disso, voltei para Pará de Minas, voltando a estudar aqui. Uma dia, uma professora me fez uma covardia dentro da sala, dizendo que eu tinha feito algo que eu não fiz. Como eu era tímido, não falei nada, mas pedi para o meu pai para eu não estudar mais, deixando eu voltar para a fazenda. Ele concordou e eu fiquei lá até 22 anos. Depois, decidi voltar a estudar, mas em Sete Lagoas/MG, onde eu fiz prova para entrar na Escola Técnica de Comércio, a única escola que era de graça. Recordo-me que quando fiz o exame de admissão, a professora perguntou se eu não iria fazer a prova, de tão rápido que eu a fiz. Tirei o 1º lugar. Fiquei lá por um tempo e depois decidi voltar para Pará de Minas”, começa a recordar Édson. VIDA PROFISSIONAL - “Quando eu voltei para Pará de Minas, meu pai me pediu para tomar conta de uma loja de louças aqui na cidade. Fiquei nela um tempo, mas vi que o comércio não era muito o meu lugar. Então, vendi a loja e fiz um curso de corretor em Belo Horizonte/MG. Eu nem sabia o que um corretor fazia, mas fiz o curso pra ficar dentro da lei. Comecei a trabalhar e nesse ramo continuo até hoje, mesmo depois de aposentado, porque gosto muito do meu escritório e dessa minha profissão. VIDA POLÍTICA – “Fui vereador e até presidente da Câmara Municipal de Pará de Minas. Nessa época, o presidente do estado (hoje governador) era Magalhães Pinto, um amigo do meu pai. Então, tudo que eu pedia para ele para melhorar Pará de Minas, ele me ajudava. Por exemplo: * Tinha um Colégio dos Freis, onde só estudava gente rica; os pobres não tinham lugar para estudar. Diante disso, pedi ao Magalhães para me ajudar a criar um colégio estadual aqui e ele me deu a aprovação. Mas como eu era da UDN e o partido daqui era o PSD, eles não queriam me deixar criar o colégio. Mas aí nós os puxamos para o nosso lado, colocando o nome do avô de um cara do partido daqui. Foi assim que surgiu o, então, Colégio Fernando Otávio; * A Ponte Grande também fui eu que consegui uma verba com o Magalhães Pinto, porque ela estava quebrada e nós a consertamos; * Outra ajuda que tive do Magalhães foi na construção do Estádio Rio Branco, porque eu procurei o terreno, mas quando achei não tinha verba... e ele me ajudou. O terreno era um buraco, onde se jogavam coisas velhas. Aí, eu arrumei os tratores; os reflectores nós conseguimos de graça. Enfim, eu colaborei com o progresso da cidade e me considero realizado profissionalmente”. VIDA FAMILIAR – “Construí minha vida do lado da Mara Campolina, com quem estou casado há 52 anos. Naquela época, ela estudava no Colégio das Irmãs e eu, em Sete Lagoas/MG. Ela é minha prima, mas nós não tínhamos muito convívio. Ou seja, ela era como uma completa estranha pra mim e eu pra ela. Logo que a conheci, achei que ela era a mulher ideal para eu me casar e foi até engraçado, porque, anos depois, eu me casei com ela. Tive 2 momentos felizes na minha vida. O 1º foi o nascimento dos meus filhos; e o 2º foi quando fui eleito Pai Patafufo de 2013, através da GAZETA, ao ser reconhecido pelo meu trabalho na educação dos meus filhos. Apesar disso, sei que, com o meu trabalho, acabei sacrificando um pouco os meus filhos e a minha família... Mas hoje vejo que eles me apoiam muito e que sentem orgulho de mim”. VISÃO E RELIGIÃO – “O mundo hoje anda muito complicado. Eu até tinha vontade de procurar outro planeta para ir morar lá, porque as pessoas só vêem bolso, se esquecendo do coração. Sou católico, mas não vou muito à missa, não. Eu não sou muito de rezar... só rezo para o gasto (riso). Nem ajudei na construção da nova matriz (Santuário da Piedade). Apenas dei uma doação para eles”... NOTA TRISTE: “Eu tive muitas alegrias, mas tive muitas tristezas e decepções também. De tudo isso, aprendi que nós temos que acreditar em nós mesmos. A perda dos meus pais de alguns dos meus irmãos foram as maiores tristeza que já tive na vida”...

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