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Passageiros se submetem aos riscos do transporte clandestino em MG - 30/04/2014

Em busca de um transporte mais barato, passageiros mineiros acabam se submetendo ao risco diário oferecido por transportes clandestinos em diversos pontos do estado. Repórteres do Jornal Hoje embarcaram em carros lotados e ônibus sem qualquer manutenção para mostrar, nesta terça-feira (29), os riscos que milhares de brasileiros enfrentam. Ao abordarem os passageiros, os agenciadores oferecem destinos variados com a maior das vantagens, o menor preço, cerca de R$ 20 a menos. O veículo, sem nenhum tipo de autorização dos órgãos de trânsito para transportar pessoas, viaja de Belo Horizonte à Governador Valadares, no Leste de Minas. O motorista conta que faz o percurso de 300 km duas vezes ao dia. O para-brisa trincado não parece ser um problema para ele, assim como as vezes que precisou falar no celular enquanto dirigia. O transporte irregular também percorre o Anel Rodoviário, que corta a capital mineira. Uma van com a logomarca da Embratur pega passageiros para levar ao ônibus, que aguarda em outro ponto para evitar fiscalização. Na hora da partida, o motorista tem dificuldade para fechar a porta do veículo, mas ele segue viagem mesmo assim. No dia seguinte, uma mulher se identifica como agente de uma empresa de turismo e entrega um cartão com os contatos telefônicos. Ela explica que tem parceria com outras empresas de transporte “Pode me ligar que eu tenho tanto pra vir quanto pra ir”, diz. É ela quem recebe o dinheiro dos passageiros que vão viajar par ao Leste de Minas por R$ 60. A mulher anota os dados dos passageiros e recolhe o dinheiro, logo em seguida, chega o ônibus para o embarque. Os pneus estão carecas, mas, quando o motorista é questionado sobre a fiscalização, ele conta que sempre consegue dar um jeito de escapar da polícia. Segundo ele, se for fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, R$ 10 resolve o problema. O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) afirmou apreender os carros e ônibus irregulares e cobrar multa de R$ 1200. Se o motorista for pego de novo, esse valor dobra. Sobre o suborno que o motorista afirmou oferecer aos policiais para ser liberado sem multa, a corporação garantiu apurar todas as denuncias feitas a respeito deste problema. Nesse caso, um processo administrativo é aberto e, caso a denúncia seja comprovada, o policial é punido. Quem usa os ônibus de empresas registradas tem direitos garantidos em caso de acidentes, como o seguro DPVAT e também um seguro que cobre as despesas médicas e hospitalares. Há também um seguro em caso de morte e invalidez. Caso aconteça algum problema com a bagagem, o passageiro tem direito à indenização. Fonte:G1

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