O prefeito Antônio Júlio reuniu-se com os vereadores, no plenarinho da câmara municipal para apresentar o Plano de Saneamento Básico do município. O plano define as diretrizes para elaboração de um contrato que deverá ser seguido pela empresa que assumir o serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto em Pará de Minas. Isso, porque a aprovação do Plano de Saneamento Básico é uma das exigências da legislação e se não for cumprido, o município deixa de receber recursos do Governo Federal para projetos de saneamento. Com relação à Copasa, o prefeito ressaltou que as conversas não terminaram, mas que essa estatal deverá cumprir com o Plano de Saneamento Básico.
“Infelizmente, a Copasa está empurrando esta questão com a barriga e eu não posso ficar esperando. Acho que a estatal não acreditou que iríamos dar início a este processo. Mas estou muito consciente, sei das dificuldades que a população vem passando e eu não vou permitir que a Copasa continue tratando Pará Minas com descaso como ela vem fazendo nos últimos 35 anos. A Copasa, se quiser, poderá participar do processo licitatório, mas terá que cumprir todas as garantias estabelecidas por ele”, ameaça Antônio Júlio.
A RESPOSTA - No dia 1º de abril, o prefeito Antônio Júlio recebeu representantes da Copasa para fazerem uma avaliação sobre o abastecimento de água no município. Representantes da estatal apresentaram medidas que serão tomadas nos próximos 7 meses. O prefeito reforçou as suas propostas de investimentos necessários para garantir o abastecimento nos próximos 30 anos. Em seguida, a Copasa apresentou 4 medidas de urgência: * transferência do fornecimento de água da Cooperativa Central dos Produtores Rurais – CCPR Itambé – para a rede do Sistema Serra Azul que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte; * aumento do número de poços artesianos no município; * descontos de 20% e 40% no valor das contas para os consumidores que economizarem água; * e aumento da frota de caminhões pipas na cidade.
E A FALTA D´ÁGUA? - "Pará de Minas teve nesses primeiros meses do ano apenas 30% de chuva, comparado à sua média histórica. O lençol freático da região está abaixo do que ele sempre ofereceu. Por isso, não teremos uma oferta de água suficiente nos próximos 7 meses. Hoje, nossa captação por meio de poços artesianos está em 28 litros por segundo e para os próximos 45 dias já queremos chegar a 50 litros. Sobre os estímulos financeiros ao consumidor, daremos 30% de desconto para quem reduzir o consumo em 20%. Por sua vez, quem reduzir 30% terá um desconto de 40%. Para tanto, iremos fazer um comparativo com o consumo de água nos últimos 12 meses”, garante Juarez Amorim.
Para garantir o fornecimento de água nos próximos 30 anos, caso o contrato com a prefeitura seja renovado, Juarez Amorim disse que a alternativa será a captação da água lamacenta do rio Paraopeba.