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Traição e mentira levam a assassinato e suicídio - 02/05/2014

Cerca de mais de um ano depois, chegou ao fim o mistério sobre o assassinato de Rafaela Fonseca Guimarães Ribeiro, 21, grávida de quase 9 meses e desovada, em Várzea da Cachoeira, distrito de Igaratinga/MG. A Delegacia de Homicídios de Pará de Minas encerrou o inquérito e constatou que o autor do assassinato foi o empresário Gérson José da Silva, 64, que cometeu suicídio na mesma data do crime, 22 de fevereiro de 2013. Rafaela tinha um caso extraconjugal com o empresário que cometeu o crime. A reportagem GP conversou com o delegado Francis Diniz Guerra que contou como foi concluído o inquérito. Compreenda o caso. “Após 22 dias de busca, localizamos o corpo de Rafaela, através de adolescentes que estavam fazendo cavalgada no povoado de Campo Alegre, em Igaratinga, e localizaram o corpo da vítima em estado de putrefação avançado. Fizemos um levantamento da vida de Gérson e identificamos que ele era um homem muito sério, introvertido e bem sucedido nos negócios, proprietário de várias propriedades. Porém, mantinha relacionamentos extraconjugais, geralmente com mulheres jovens. Após a quebra de sigilo telefônico, identificamos um número. A partir daí, comprovamos que existia um vinculo amoroso entre Rafaela e Gérson. Fizemos uma trajetória do que realmente possa ter acontecido, um trabalho árduo e completo, e conseguimos”, resume Francis. SUICÍDIO – “O local denominado Sítio Cachoeira era uma das propriedades de Gérson. No interior dessa residência, identificamos sangue que, após a coleta, identificamos ser o sangue da Rafaela. Conseguimos chegar no veículo utilizado para o transporte do corpo. Pelo sangue, também identificamos o local que ela foi desovada. Pela dinâmica do crime, Gérson ligou para ela, foram para o local do crime, onde ele desferiu um golpe em seu crânio. Após tê-la matado, ele enrolou o corpo da vítima em um plástico e o colocou dentro do veículo para, em seguida, desová-lo. Acreditamos que Gérson retornou ao local para lavar evidências do crime e desfazer do celular e do objeto usado no crime. Depois, retornou à sua residência, não demonstrando nenhum comportamento anormal. Mencionou que iria ao banco, mas, à tarde, foi encontrado enforcado, em um curral, próximo à sua residência. Se Gérson não tivesse se matado, ele seria indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver”. O MOTIVO – “A motivação do assassinato foi porque Gérson se sentir pressionado pela gravidez de Rafaela que poderia ser revelada à família de Gérson que tomou a pior decisão: cometer o crime. Quando começamos a investigação, André, era o principal suspeito, pois ele matinha um relacionamento constante com Rafaela e era o pai do filho que ela esperava”. TRISTEZA DUPLA - A reportagem GP também ouviu o desabafo de Geraldo Guimarães, tio de Rafaela. Veja. “Acho que o delegado falou muito bem, conduziu o inquérito de forma correta, deixou bem claro quem foi o autor... Mas não é um resultado que tranquiliza a família, mas, pelo menos, encerra um sofrimento que vinha se arrastando, há 1 ano e 2 meses... É uma dor muito grande para as duas famílias, mas esperamos que o caso tenha tido seu fim definitivo agora”..., lamenta o tio de Rafaela.

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