Francisco José de Almeida nasceu em Caetano Preto/MG, em 29 de julho de 1910, filho de Antônio José de Almeida e de Laurinda Rosa de Almeida. Sô Cuíca, como era carinhosamente chamado, foi criado num lar humilde, junto a 5 irmãos e, apesar de pouquíssimo estudo, aprendeu muito com a vida, pois o silêncio, a modéstia, a humildade e o amor eram suas fortes armas. Casou-se muito jovem com Maria José de Almeida, conhecida como dona Zizi com quem teve 13 filhos, 9 homens e 4 mulheres. 2 deles morreram quando crianças. Sô Cuíca era um homem honesto, caridoso e tinha a maior devoção à Nossa Senhora Aparecida. Através de uma promessa, ia nessa cidade paulista em todo mês de julho. Trabalhou na roça quase a vida toda para criar seus 11 filhos que, mais tarde, foram trazidos pelo filho mais velho, José, para residir em Pará de Minas, sob a responsabilidade de sua irmã mais velha, Maria, que foi como uma 2ª mãe para eles. Mais tarde, Sô Cuíca veio também para a cidade com dona Zizi, onde continuou trabalhando em lavouras e fazendo tijolos para a edificação da igreja de Caetano Preto. Quando estava sendo construída a nova matriz de Nossa Senhora da Piedade na cidade, solicitou de seu filho mais velho que colocasse seus caminhões para o fretamento gratuito de areia, sendo prontamente atendido. Sozinho, ele fez descarregar um total de 15 caminhões, usando somente uma pá manual. Enfrentou na vida vários obstáculos e difíceis situações, mas jamais reclamou de nada. Sua grande alegria era ver os filhos reunidos com a casa cheia de gente. Sempre deu um exemplo maravilhoso de vida, principalmente de amor ao próximo. Até que um dia a doença chegou, levando-o à enfermidade. No hospital, lutou durante 9 meses contra uma grave doença. Seu filho João Rodrigues de Almeida, a pedido do pai, largou tudo, deixando uma substituto em seu trabalho de motorista para dar toda assistência ao pai, acompanhando-o até o último momento de sua vida, na noite de 27 de janeiro de 1976. Foi ótimo esposo, pai e avô (tinha 5 netos quando morreu). Sogro querido e admirado pelos genros e noras que viam nele um modelo de homem simples e humilde. Foi grande amigo do saudoso cônego Hugo que o presenteou, em último ano de vida, com uma belíssima imagem de Nossa Senhora Aparecida. * Através da lei 3304, o Legislativo Municipal decidiu homenagear Francisco José de Almeida, emprestando seu nome à praça da igreja do povoado de Caetano Preto.