Na noite de 24 de março, 5ª feira, foi realizado o 197° Grande Papo com alunos da Escola Estadual Joaquim Luiz Gonzaga, em Ascensão, que solicitaram da organização deste evento GP o tema Bullying. Para tanto, a GAZETA convidou Francisco Pereira Campos Júnior, advogado, e Vera Ribeiro, psicóloga, que, por sinal, hoje reside naquele aconchegante distrito. A atração cultural da abertura ficou por conta do músico Paulo Melo. No encerramento, como tradicionalmente acontece, foi realizada a sabatina Grande Prêmio com entrega de brindes enviados pela parceira do evento, Itambé. Após a realização do caloroso debate foi oferecido à Equipe GP, através da vice-diretora, Crescinéia Silvestre Soares um saboroso café. Para deixar todos os leitores GP a par do tema, a reportagem GP conversou um pouco com os 2 debatedores. Confira.
EFEITO ESPELHO - “Já perdi até as contas das vezes que participei do Grande Papo, mas esta foi a 1ª vez que participei na zona rural. Senti que as pessoas ficaram muito interessadas, mas muito pouco acostumadas a esse tipo de evento. Deveria acontecer mais coisas desse tipo, aqui, em Ascensão. Sobre o debate, acho que os pais devem ficar atentos, dar liberdade para o filho estar conversando a respeito do que se passa na escola. Pais muito repressores e que não dão ouvidos à criança, dando sempre prioridade para escutar a professora ou outro e nunca o próprio filho, correm o risco do filho estar realmente sofrendo não só o bullying, mas também a questão do abuso sexual e muitas outras coisas. Então, quanto mais se abre o espaço para a criança falar, mais ela vai se sentir à vontade para enfrentar esses problemas. Acredito que a solução para um jovem que pratica bullying é levá-lo a crescer na espiritualidade. Esse jovem, muito provavelmente, também deve estar envolvido com drogas, com pessoas de má índole e, com certeza, ele também está muito triste. Então, essa agressividade que ele está jogando no colega também estará jogando nele. Com isso, os pais precisam procurar ajuda terapêutica e procurar outras orientações, inclusive espiritual, de estar mostrando a força de Cristo, a força de Deus na vida da pessoa. Resumindo, a pessoa que pratica o bullying quer, na verdade, atacar no outro o seu próprio defeito”, ensina Vera.
QUESTÃO SOCIAL – “Fiquei muito satisfeito em ter participado do Grande Papo, porque sou de uma geração que tinha como um dos principais lazeres participar do Grande Papo, quando ele era realizado no Cine-Café (sala de cinema). Eu sempre estava na plateia e hoje, poder estar participando como debatedor, foi uma honra. A palavra bulliyng é uma palavra inglesa que significa tirano. Como o bullying é uma questão social, o poder Legislativo tem de tentar buscar soluções e alternativas de projetos de lei. Por outro lado, a família também tem de educar, desde cedo, contra essa e outras violências para tentarmos extirpar do nosso convívio tais práticas. No meu ponto de vista, o bullying é uma prática que, no futuro, pode gerar alguns outros crimes como o racismo e a homofobia. Então, o remédio a longo prazo é melhorar a educação de nossas crianças”, receita Francisco Campos.
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