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Pela 1ª vez em Pará de Minas, estado de CALAMIDADE PÚBLICA - 10/05/2014

Pela 1ª vez em Pará de Minas, estado de CALAMIDADE PÚBLICA No fim da tarde do dia 8 de maio de 2014, a imprensa pará-minense foi convocada para uma entrevista coletiva no gabinete do prefeito Antônio Júlio, onde foi assinado um Decreto de Calamidade Pública Nível 2. Na oportunidade, o encarregado de sistema da Copasa, José Gomes, e o prefeito Antônio Júlio falaram o que esse decreto acarretará para a cidade. Acompanhe e fique por dentro. SEM LICITAÇÕES – “Atualmente, estamos com uma vazão de 30 litros por segundo que, antes, era de 100 litros. Para melhorarmos esse quadro, estamos perfurados 4 poços artesianos que estarão em operação até a próxima semana. Estamos também, procurando novos locais para furar mais poços. Já estamos buscando água em Juatuba/MG com caminhão pipa para completar esse déficit. Continuaremos, também, furando poços para dar um volume maior e a colaboração dos caminhões pipas que puderam voltar a buscar água. A partir de semana que vem, vamos iniciar um trabalho com 20 alunos da faculdade e também fazer divulgações nas escolas, associações e igrejas para conscientizar a população sobre as mudanças climáticas para que sensibilizem e comecem a economizar mais. Não guardando a água de hoje para amanhã, mas, sim, fechando as torneiras mais rapidamente para que essa água possa ter pressão para chegar nos bairros mais altos. Com a assinatura desse decreto, vamos continuar com os caminhões pipas em maior quantidade para abastecer a cidade. Eles ajudam bastante, mas sabemos que não é a solução definitiva. Esperamos que a perfuração de poços seja mais rentável que o caminhão pipa. O decreto ajuda-nos a fazer contratações sem licitação como contrato de caminhões e perfuração de poços. Solução definitiva para o problema da água em Pará de Minas, sendo a Copasa ou não, gira entorno de 18 meses. A Copasa está em Pará de Minas desde 1979 e, como o contrato é de 30 anos, já estamos com ele vencido há 5 anos. E, nesse tempo, a Copasa investiu para atender uma população com 7 mil ligações. Hoje, há em Pará de Minas 30 mil. Para ser feito um investimento maior precisamos de um novo contrato assinado”, cobra José Gomes. IRRESPONSABILIDADE – “O objetivo de assinar esse decreto é alertar a população sobre o a condição que chegou o abastecimento de água na cidade. Há 1 ano, lutamos com a Copasa e agora chegamos ao limite, por causa da falta de abastecimento e de investimentos da Copasa. A Copasa tem tratado Pará de Minas com muito descaso e irresponsabilidade, porque ela está na cidade há 35 anos e até hoje não fez nenhum planejamento para o abastecimento de água. Fizemos um plano de saneamento que está na câmara municipal para ser aprovado. Depois de aprovado, abriremos o processo licitatório. Além de ser um alerta para a população, o decreto também serve para que possamos fazer algumas intervenções, também de urgência, como o trabalho dos caminhões pipas que não estavam levando água, desde que o decreto de alerta se expirou. Temos bairros que estão sem água há 5 dias. Isso é muita irresponsabilidade da Copasa. Já liberamos alguns terrenos da prefeitura para fazer a perfuração de poços e para isso temos o apoio do departamento do meio ambiente. O único planejamento que a Copasa fez, foi há 60 dias, e noticiaram para imprensa e não cumpriram nada, porque eles não têm compromisso com a cidade. Já avisamos até o governador sobre essa questão dos caminhões pipas. Estamos com menos de 40% da capacidade de abastecimento e comunicamos todos os órgãos de Governo e Estado essa decisão que Pará de Minas tomou”, desabafa Antônio Júlio.

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