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Por que o Ima fez greve de apenas 24H? - 22/05/2014

A reportagem GP foi procurada por Artur Ferreira Gontijo, 27, fiscal assistente do Ima local – Instituto Mineiro de Agropecuária, para falar sobre a greve desses fiscais em toda Minas Gerais. Os fiscais estaduais agropecuários anunciaram, no último dia 13, 3ª feira, uma paralisação de 24H de suas atividades, a título de advertência. Em Pará de Minas, são 15 funcionários. Confira o que disse Artur, com total excluisividade, na redação da GAZETA. “A paralisação visa reivindicar os direitos dos servidores que têm o salário defasado em relação aos outros Estados, já que o piso salarial é bastante diferente em relação ao nosso salário. Essa paralisação é de único dia para advertir o governo que estamos em estado de greve. Em Minas Gerais são por volta de 1.800 servidores que protegem a barreira sanitária no Estado em relação aos produtos de origem animal e área vegetal, influenciando diretamente na compra do consumidor final. Com esse controle, nós garantimos a qualidade e assiduidades dos produtos. Ou seja, os fiscais são responsáveis pelo que chega à mesa do consumidor final”, explica Artur. TUBERCULOSE – “Nesse período está tendo um grande número de carcaças condenadas por tuberculose, uma doenças que nós temos o controle dela. O nosso trabalho todo é sobre isso: manter a fiscalização dos produtos consumidos não só na cidade, mas também fora do Estado, onde a demanda é grande. A fiscalização de Minas Gerais é um exemplo no pais, mas, infelizmente, não somos valorizados como deveríamos ser”. AMEAÇA – “Se não formos atendidos, entraremos em greve sem data prevista para voltar. Como está tendo a Campanha da Vacinação da Aftosa, até o fim de junho, se pararmos agora essa campanha não vai acontecer e o estado não estará livre dessa que é uma das doenças mais faladas. Se ela não for realizada da forma adequada, o Estado vai regredir”. 18º PIOR SALÁRIO - A Associação de Fiscais Agropecuários do Estado de Minas Gerais – AFA/MG alega que não obteve resposta às reivindicações por parte do Estado em relação à pauta de reivindicações da categoria, em discussão desde outubro de 2013. A categoria reivindica: 1.) Aumento do vencimento básico inicial da carreira para R$ 5.763,00, tendo como referência o piso estabelecido pela Lei Federal de n° 4.950-A, de 1966; 2.) revisão dos valores concedidos a título de insalubridade; 3.) regulamentação e pagamento adicional noturno e horas extras; e 4.) criação de uma gratificação do trabalho estratégico na atividade de fiscalização e defesa agropecuária para as carreiras fiscais. Atualmente, o Fiscal Agropecuário Estadual, com formação na maioria das vezes em Medicina Veterinária ou Agronômica, ingressa com um vencimento básico inicial de R$ 2.983,00. Esse valor não condiz com a importância da carreira de Fiscalização Agropecuária, reconhecida juridicamente como carreira típica de Estado e possui poder de polícia administrativa no estrito cumprimento de seu dever legal. Nossas atividades não podem ser delegadas ou exercidas pela iniciativa privada. Minas Gerais é o Estado brasileiro com o maior número de municípios e o Ima, devido à sua estrutura composta por 20 coordenadorias regionais, 212 escritórios seccionais e 16 barreiras sanitárias, presta atendimento a 853 cidades. Ainda assim, de acordo com a Unafa - União Nacional dos Fiscais Agropecuários, Minas Gerais tem 18° pior salário da categoria. O melhor salário base é pago em Rondônia (R$ 6.737,80). O presidente da Unafa, Francisco Saraiva Junior, manifestou apoio ao movimento de greve, no Dia do Trabalho. Portanto, o descaso do governo mineiro em relação ao pleito dos profissionais da defesa agropecuária é injustificável, considerando o tempo que tiveram para analisar a pauta”.

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